Taxa de desocupação cai a 6,80% até julho, em linha com as expectativas

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São Paulo – A taxa de desocupação (6,8%) no trimestre encerrado em julho de 2024 recuou 0,7 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2024 (7,5%) e caiu 1,1 p.p. ante o mesmo trimestre móvel de 2023 (7,9%). Essa foi a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em junho na série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012.

As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua divulgada hoje pelo IBGE.

O resultado ficou dentro da mediana das expectativas do mercado financeiro, de +6,80%, conforme o Termômetro CMA.

A população desocupada (7,4 milhões) recuou nas duas comparações: -9,5% (menos 783 mil pessoas) no trimestre e -12,8% (menos 1,1 milhão de pessoas) no ano. Foi o menor contingente de desocupados desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.

A população ocupada (102,0 milhões) foi novo recorde da série histórica iniciada em 2012, crescendo em ambas as comparações: 1,2% (mais 1,2 milhão de pessoas) no trimestre e 2,7% (mais 2,7 milhões de pessoas) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi a 57,9%, crescendo nas duas comparações: 0,6 p.p. ante o trimestre móvel anterior (57,3%) e 1,1 p.p. no ano (56,9%).

Este foi o maior nível de ocupação para um trimestre encerrado em julho desde 2014.
A taxa composta de subutilização (16,2%) recuou em ambas as comparações: -1,2 p.p. no trimestre e -1,6 p.p. no ano. Foi a menor taxa para um trimestre encerrado em julho desde 2014.

A população subutilizada (18,7 milhões de pessoas) foi a menor desde o trimestre móvel encerrado em dezembro de 2015 (18,6 milhões), recuando nas duas comparações: -6,9% (menos 1,4 milhão) no trimestre e -7,8% (menos 1,6 milhão) no ano.

A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (5,0 milhões) recuou 4,1% (menos 212 mil pessoas) no trimestre e ficou estável na comparação anual.

A população fora da força de trabalho (66,7 milhões) ficou estável nas duas comparações.
A população desalentada (3,2 milhões) chegou ao menor contingente desde o trimestre encerrado em junho de 2016 (3,2 milhões), recuando 7,0% (menos 242 mil pessoas) no trimestre e 12,2% (menos 447 mil pessoas) no ano.

O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (2,9%) recuou 0,2 p.p. no mês e 0,4 p.p. no ano.

O número de empregados no setor privado chegou a 52,5 milhões, novo recorde da série iniciada em 2012, com altas de 1,4% (mais 731 mil pessoas) no trimestre e de 4,5% (mais 2,2 milhões de pessoas) no ano. O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) chegou a 38,5 milhões, mais um recorde. Houve alta de 0,9% (mais 353 mil pessoas) no trimestre e de 4,2% (mais 1,5 milhão de pessoas) no ano. O número de empregados sem carteira no setor privado (13,9 milhões) também foi recorde, com altas de 2,8% (mais 378 mil pessoas) no trimestre e de 5,2% (mais 689 mil pessoas) no ano.

O número de trabalhadores por conta própria (25,4 milhões) ficou estável nas duas comparações, assim como o número de trabalhadores domésticos (5,8 milhões) e de empregadores (4,2 milhões). Já o número de empregados no setor público (12,7 milhões) foi recorde, subindo 3,5% (424 mil pessoas) no trimestre e 3,6% (436 mil pessoas) no ano.

A taxa de informalidade foi de 38,7% da população ocupada (ou 39,4 milhões de trabalhadores informais) contra 38,7 % no trimestre encerrado em abril e 39,2 % no mesmo trimestre de 2023.

O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.206) ficou estável no trimestre cresceu 4,8% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 322,4 bilhões) cresceu 1,9% (mais R$ 6,0 bilhões) no trimestre e 7,9% (mais R$ 27,5 bilhões) no ano.