Taxa de desocupação cai a 6,9% até junho, dentro do esperado

207
Carteira de trabalho. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

São Paulo, 31 de julho de 2024 – A taxa de desocupação chegou a 6,9% no trimestre encerrado em junho de 2024, a menor taxa para um trimestre encerrado em junho, desde 2014 (6,9%). Com isso, esse indicador fica abaixo da metade da maior taxa da série histórica da PNAD Contínua, de 14,9%, observada no trimestre encerrado em março de 2021, durante a pandemia de Covid19. As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua divulgada hoje pelo IBGE.

 

O resultado ficou dentro da mediana das expectativas do mercado financeiro, de +6,85%, conforme o Termômetro CMA.

 

A população desocupada – aqueles que procuravam por trabalho -caiu para 7,5 milhões de pessoas, com reduções de dois dígitos em ambas as comparações da PNAD Contínua: -12,5% (menos 1,1 milhão de pessoas) no trimestre e -12,8% (menos 1,1 milhão de pessoas) no ano. Foi o menor número de pessoas em busca de trabalho desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.

 

A população ocupada atingiu novo recorde da série histórica, chegando a 101,8 milhões. O total de trabalhadores do país cresceu 1,6% (mais 1,6 milhão de pessoas) no trimestre e 3,0% (mais 2,9 milhões de pessoas) no ano. Novamente, o número de empregados do setor privado (52,2 milhões) foi recorde, impulsionado pelos novos recordes nos contingentes de trabalhadores com carteira (38,4 milhões) e sem carteira assinada (13,8 milhões). Já a população fora da força de trabalho não teve variações significativas em nenhuma das duas comparações, permanecendo em 66,7 milhões.

 

“Observa-se a manutenção de resultados positivos e sucessivos. Esses recordes de população ocupada não foram impulsionados apenas nesse trimestre, mas são consequência do efeito cumulativo de uma melhoria do mercado de trabalho em geral nos últimos trimestres”,  destaca a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy.

 

Rendimento dos trabalhadores cresce nas duas comparações

 

No trimestre encerrado em junho, o rendimento médio real das pessoas ocupadas foi de R$ 3.214, com alta de 1,8% no trimestre e de 5,8% na comparação anual. Como consequência, a massa de rendimentos chegou a R$ 322,6 bilhões, novo recorde da série histórica.

 

A população desalentada, recuou para 3,3 milhões no trimestre encerrado em junho de 2024. Foi o seu menor contingente desde o trimestre encerrado em junho de 2016 (3,2 milhões), com quedas de 9,6% (menos 345 mil pessoas) no trimestre e 11,5% (menos 422 mil pessoas) no ano. Com isso, o percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (2,9%) foi o menor desde o trimestre encerrado em maio de 2016 (2,9%).

 

Dylan Della Pasqua / Safras News

 

Copyright 2024 – Grupo CMA