Taxa de desocupação cai a 7,1% até maio, abaixo da previsão (7,3%)

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São Paulo – A taxa de desocupação chegou a 7,1% no trimestre encerrado em maio de 2024, com queda de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em fevereiro (7,8%). Essa foi a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em maio desde 2014 (7,1%).

As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou um pouco abaixo da mediana das expectativas do mercado financeiro, de +7,1%, conforme o Termômetro CMA.

A população desocupada (7,8 milhões) recuou nas duas comparações: -8,8% (menos 751 mil pessoas) no trimestre e -13,0% (menos 1,2 milhão de pessoas) no ano. Foi o menor contingente de pessoas desocupadas desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.

A população ocupada (101,3 milhões) foi recorde da série histórica iniciada em 2012, crescendo em ambas as comparações: 1,1% (mais 1,1 milhão de pessoas) no trimestre e 3,0% (mais 2,9 milhões de pessoas) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi a 57,6%, crescendo nas duas comparações: 0,5 p.p. ante o trimestre móvel anterior (57,1%) e 1,2 p.p. no ano (56,4%).

A taxa composta de subutilização (16,8%) recuou em ambas as comparações: -1,0 p.p. no trimestre e -1,3 p.p. no ano. Foi a menor taxa de subutilização para um trimestre encerrado em maio desde 2014. A população subutilizada (19,4 milhões de pessoas) foi a menor desde o trimestre móvel encerrado em janeiro de 2016 (19,1 milhões), recuando nas duas comparações: -5,9% (menos 1,2 milhão) no trimestre e -6,2% (menos 1,3 milhão) no ano.

A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (5,2 milhões) ficou estável nas duas comparações, assim como a população fora da força de trabalho (66,8 milhões).

A população desalentada (3,3 milhões) chegou ao seu menor contingente desde o trimestre encerrado em junho de 2016 (3,2 milhões) e recuou em ambas as comparações: -9,4% (menos 344 mil pessoas) no trimestre e -10,7% (menos 399 mil pessoas) no ano. O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (3,0%) também recuou nas duas comparações: -0,3 p.p. no mês e -0,4 p.p. no ano.

O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) chegou a 38,326 milhões, novo recorde da série histórica da PNAD Contínua, iniciada 2012. Houve alta de 0,9% (mais 330 mil pessoas) no trimestre e de 4,1% (mais 1,5 milhão de pessoas) no ano. O número de empregados sem carteira no setor privado (13,7 milhões) também foi novo recorde da série histórica, com altas de 2,9% (mais 383 mil pessoas) no trimestre e de 5,7% (mais 741 mil pessoas) no ano.

O número de trabalhadores por conta própria (25,5 milhões de pessoas) ficou estável em ambas as comparações, assim como o número de empregadores (4,2 milhões de pessoas) e o número de trabalhadores domésticos (5,8 milhões de pessoas).

O número de empregados no setor público (12,5 milhões) cresceu nas duas comparações: 4,3% (517 mil pessoas) no trimestre e 3,9% (mais 469 mil pessoas) no ano.
A taxa de informalidade foi de 38,6% da população ocupada (ou 39,1 milhões de trabalhadores informais) contra 38,7 % no trimestre móvel anterior e 38,9 % no mesmo trimestre móvel de 2023.

O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.181) não teve variação significativa no trimestre e cresceu 5,6% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 317,9 bilhões) atingiu novo recorde, crescendo nas duas comparações: 2,2% (mais R$ 6,8 bilhões) na comparação trimestral e 9,0% (mais R$ 26,1 bilhões) no ano.