Taxa de desocupação cai a 7,5% até abril, abaixo da previsão (7,7%)

280
Carteira de trabalho. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

São Paulo – A taxa de desocupação chegou a 7,5% no trimestre encerrado em abril de 2024, com queda de 0,1 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em janeiro (7,6%). Essa foi a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em abril desde 2014 (7,2%).

As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou um pouco abaixo da mediana das expectativas do mercado financeiro, de +7,7%, conforme o Termômetro CMA.

A população desocupada (8,2 milhões) não teve variação estatisticamente significativa no trimestre e recuou 9,7% (menos 882 mil pessoas) no ano.

A população ocupada (100,8 milhões) não teve variação estatisticamente significativa no trimestre e cresceu 2,8% (mais 2,8 milhões de pessoas) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) ficou em 57,3%, repetindo o percentual do trimestre móvel anterior (57,3%) e subindo 1,1 p.p. na comparação anual (56,2%).

A taxa composta de subutilização (17,4%) não teve variação significativa frente ao trimestre móvel encerrado em janeiro (17,6%) e caiu 1,0 p.p. ante o trimestre encerrado em abril de 2023 (18,4%). A população subutilizada (20,1 milhões de pessoas) não teve variação significativa no trimestre e recuou 4,0% (ou menos 843 mil pessoas) no ano.

A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (5,2 milhões) ficou estável em ambas as comparações, da mesma forma que a população fora da força de trabalho.

A população desalentada (3,5 milhões) não variou significativamente ante o trimestre móvel anterior e recuou 8,3% (menos 314 mil pessoas) no ano. O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (3,1%) não teve variação significativa no trimestre e recuou 0,3 p.p. no ano.

O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) chegou a 38,188 milhões, o maior contingente da série histórica da PNAD Contínua, iniciada 2012. Houve estabilidade no trimestre e alta de 3,8% (mais 1,4 milhão) no ano. O número de empregados sem carteira no setor privado (13,6 milhões) também foi recorde da série histórica, mantendo-se estável no trimestre e crescendo 6,4% (mais 813 mil pessoas) no ano.

O número de trabalhadores por conta própria (25,5 milhões de pessoas) ficou estável em ambas as comparações, assim como o número de empregadores (4,2 milhões de pessoas) e o número de trabalhadores domésticos (5,9 milhões de pessoas).

O número de empregados no setor público (12,3 milhões) não teve variação significativa no trimestre e subiu 2,6% (mais 315 mil pessoas) no ano.

A taxa de informalidade foi de 38,7% da população ocupada (ou 39,0 milhões de trabalhadores informais) contra 39,0 % no trimestre móvel anterior e 38,9 % no mesmo trimestre móvel de 2023.

O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.151) ficou estável no trimestre e cresceu 4,7% no ano.

A massa de rendimento real habitual (R$ 313,1 bilhões) atingiu novo recorde da série histórica iniciada em 2012, ficando estável na comparação trimestral e subindo 7,9% (mais R$ 23,0 bilhões) na comparação anual.