Taxa de desocupação cai a 9,3% até junho, em linha com a previsão (9,3%)

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São Paulo – A taxa de desocupação da população brasileira foi estimada em 9,3% no trimestre móvel encerrado em junho, ficando abaixo ante o trimestre imediatamente anterior (11,1%), referente aos meses de janeiro e março de 2022, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o melhor resultado para um mês de junho desde 2015 (8,4%).

O resultado ficou em linha com a mediana das expectativas do mercado financeiro, de +9,3%, conforme o Termômetro CMA.

Na comparação com o mesmo período anterior, referente ao período de abril de 2021 a junho de 2021, quando estava em 14,2%, o índice apresentou significativa melhora, segundo o IBGE.

No fim de junho, a população desocupada somava 10,1 milhões de pessoas, caindo 15,6% em relação ao trimestre terminado em março, e diminuiu 32,0% no confronto com igual trimestre de 2021.

A população ocupada totalizou 98,3 milhões, subindo 3,1% em relação ao trimestre anterior (2,3 milhões de pessoas a menos) e subindo 9,9% (8,9 milhões de pessoas a mais) na comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre abril e junho, o nível de ocupação chegou a 56,8%, alta de 1,6 ponto percentual (pp) em relação ao trimestre móvel anterior, e de 4,7 pontos percentuais (pp) na comparação com o mesmo trimestre de 2021.

Já a taxa de subutilização da força de trabalho atingiu 21,2%, registrando queda de 2 pp em relação ao trimestre entre janeiro e março, assim como teve retração de 7,3 pp na comparação com igual período de 2021.

Segundo o IBGE, a população subutilizada somava 24,7 milhões no fim de junho o que representa quedas de 7,7% ante o trimestre anterior e 24,1% na comparação com o mesmo período de 2021.

Assim, a população fora da força de trabalho alcançou 64,7 milhões de pessoas, caindo 1,1% frente ao trimestre anterior e com queda de 3,8% em relação ao mesmo trimestre no ano passado. Já a população desalentada foi de 4,3 milhões de pessoas, caindo 7,1% em relação ao trimestre anterior, e com queda de 22,5% no confronto anual. Por sua vez, a taxa de informalidade foi de 40,0% da população ocupada (39,3 milhões de pessoas).

Em relação à renda, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi estimado em R$ 2.652 entre abril e junho, ficando estável ante o trimestre anterior e com queda de 5,1% ante igual período de 2021.

A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados no trimestre encerrado em fevereiro foi estimada em R$ 255,7 bilhões, com alta de 4,4% frente ao trimestre anterior e de 4,8% na comparação interanual.

Já a força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) foi estimada em 108,3 milhões de pessoas, aumentando 1,0% em relação ao trimestre móvel de janeiro e março de 2022 e aumentando de 4,0% (4,1 milhões de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2021.

Entre os grupamentos de atividades, houve aumento significativo em Indústria geral (2,7%, ou mais 332 mil pessoas), Construção (3,8%, ou mais 274 mil pessoas), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,4%, ou mais 617 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (3,0%, ou mais 336 mil pessoas), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,5%, ou mais 739 mil pessoas), Outros serviços (3,2%, ou mais 158 mil pessoas) e Serviços domésticos (4,0%, ou mais 227 mil pessoas).

No confronto anual, houve aumento significativo em Indústria geral (10,2%, ou 1,2 milhão de pessoas), Construção (11,2%, ou 753 mil pessoas), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (14,2%, ou mais 2,4 milhões de pessoas), Transporte, armazenagem e correio (10,0%, ou mais 463 mil pessoas), Alojamento e alimentação (23,1%, ou mais 1 milhão de pessoas) e Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (5,1%, ou mais 568 mil pessoas).