Taxa de desocupação fica em 8,5% até abril, pouco abaixo da previsão de 8,8%

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São Paulo – A taxa de desocupação da população brasileira foi estimada em 8,5% no trimestre móvel encerrado em abril, ficando estável ante o trimestre imediatamente anterior, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou um pouco abaixo da mediana das expectativas do mercado financeiro, de +8,8%, conforme o Termômetro CMA.

Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve um recuo de 2,0 pontos percentuais (pp) (10,5%).

A população desocupada (9,1 milhões de pessoas) ficou estável frente ao trimestre anterior e recuou 1,9% (menos 2,3 milhões de pessoas) no ano.

O contingente de pessoas ocupadas (98, milhões) recuou 0,6% (menos 605 mil pessoas) ante o trimestre anterior e cresceu 1,6% (mais 1,5 milhões de pessoas) ante o mesmo trimestre do ano anterior. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar), estimado em 56,2%, caiu 0,5 pp frente ao trimestre anterior (56,7%) e subiu 0,4% pp ante igual trimestre do ano anterior (55,8%).

A taxa composta de subutilização (18,4%) caiu 0,3 pp em relação ao trimestre de novembro de 2022 a janeiro de 2023 (18,7%) e caiu 4,1 p.p. ante o trimestre encerrado em abril de 2022 (22,5%). A população subutilizada (21,0 milhões de pessoas) também caiu (2,5%) frente ao trimestre anterior e recuou 19,6% na comparação anual.

A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (5,1 milhões) ficou estável ante o trimestre anterior e caiu 23,0% no comparativo anual.

A população fora da força de trabalho (67,2 milhões de pessoas) cresceu 1,3% ante o trimestre anterior (mais 885 mil) e 3,5% (mais 2,3 milhões) na comparação anual.

A população desalentada (3,8 milhões de pessoas) caiu 4,8% (192 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e caiu 15,3% (menos 682 mil pessoas) na comparação anual. O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (3,4%) caiu 0,2pp frente ao trimestre anterior e caiu 0,6 pp frente ao mesmo trimestre do ano anterior.

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 36,8 milhões, ficando estável frente ao trimestre anterior e crescendo 4,4% (mais 1,6 milhão de pessoas) na comparação anual.

O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (12,7 milhões de pessoas) caiu 2,9% (menos 383 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e ficou estável na comparação anual.

O número de trabalhadores por conta própria (25,2 milhões de pessoas) ficou estável em ambas as comparações. O número de trabalhadores domésticos (5,7 milhões de pessoas) caiu no confronto trimestral anterior e permaneceu estável ante trimestre encerrado em abril de 2022. O número de empregadores (4,2 milhões de pessoas) registrou estabilidade em ambas as comparações.

O número de empregados no setor público (12,0 milhões de pessoas) ficou estável frente ao trimestre anterior, mas cresceu 4,1% na comparação anual.

A taxa de informalidade foi de 38,9% da população ocupada (ou 38,0 milhões de trabalhadores informais) contra 39,0% no trimestre anterior e 40,1% no mesmo trimestre do ano anterior.

O rendimento real habitual (R$ 2.891) ficou estável frente ao trimestre anterior e cresceu 7,5% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 278,8 bilhões) também ficou estável frente ao trimestre anterior, mas cresceu 9,6% na comparação anual.