Taxa de desocupação sobe a 14,6% até maio e mantém recorde

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São Paulo – A taxa de desocupação da população brasileira foi estimada em 14,6% no trimestre móvel encerrado em maio, acima do observado no período imediatamente anterior (14,4%), referente aos meses de dezembro de 2020 a fevereiro de 2021, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou em linha com o esperado, de acordo com a mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA, de 14,6%.

O resultado é o maior para o trimestre na série histórica, iniciada em 2012, e segue recorde. Já na comparação com o mesmo período anterior, referente aos meses de março a maio de 2020, quando estava em 12,9%, houve alta de 1,7 ponto percentual (pp), segundo o IBGE.

No fim de maio, a população desocupada somava 14,8 milhões de pessoas, mantendo-se no recorde para a série histórica e estável em relação ao trimestre imediatamente anterior, mas cresceu 16,4% (2,1 milhão de pessoas a mais) no confronto com igual trimestre de 2020.

A população ocupada totalizou 86,7 milhões, cresceu 0,9% em relação aos meses de dezembro a fevereiro (809 mil pessoas a mais), mas permaneceu estável na comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre março e maio, o nível de ocupação chegou a 48,9% (estável ante o trimestre imediatamente anterior e queda de 0,6 pp na comparação com o mesmo trimestre de 2020).

Já a taxa de subutilização da força de trabalho atingiu 29,3%, estável em relação aos meses de dezembro a fevereiro e 1,9 pp a mais na comparação com igual período de 2020. Segundo o IBGE, a população subutilizada somou 32,9 milhões no fim de maio, permanecendo perto do recorde histórico, mantendo-se estável ante o trimestre anterior, mas 8,5% maior (mais 30,4 milhões de pessoas) na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Assim, a população fora da força de trabalho alcançou 75,8 milhões de pessoas, estável nas duas bases de comparação. Já a população desalentada foi a 5,7 milhões de pessoas, estável no confronto trimestral, mas 5,5% maior na comparação anual. Por sua vez, a taxa de informalidade foi de 40% da população ocupada (34,7 milhões de pessoas).

Em relação à renda, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi estimado em R$ 2.547 entre março e maio, estável nas duas bases de comparação. A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados no trimestre encerrado em maio foi estimada em R$ 212,5 bilhões, também estável nas duas bases de comparação.

O IBGE reforça que houve estabilidade da população ocupada nos grupamentos de atividade no trimestre encerrado em maio ante o período anterior, exceto em Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas, com aumento de 3,9% (mais 408 mil pessoas).

No confronto anual, porém, houve aumento em três grupamentos: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+9,6%, ou mais 770 mil pessoas), Construção (+11,8%, ou mais 653 mil pessoas) e Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (+5,7%, ou mais 584 mil pessoas). Já o grupamento de Outros serviços apresentou queda de 7,3% (menos 322 mil pessoas) no confronto anual.