São Paulo – A ministra do Planejamento, Simone Tebet, anunciou hoje (27) mais cedo, um corte de R$ 2,6 bilhões no orçamento do ministério da Fazenda. “O corte foi feito por remanejamento mesmo, devido às limitações do arcabouço fiscal. Algumas despesas entraram no novo teto, e tivemos um espaço fiscal menor. Em vez de tirar de políticas públicas, nós tiramos dos nossos gastos discricionários”.
Segundo ela, o corte das despesas na Fazenda ficou em 1% do total, e todos os novos ministérios criados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva cresceram um pouco. “Nós fizemos questão, especialmente, de pegar algum espaço dos R$ 400 milhões para poder rechear um pouco o Ministério das Cidades, o Ministério da Mulher, o Ministério da Igualdade Racial, o Ministério dos Povos Indígenas e o Ministério dos Direitos Humanos”.
Tebet também disse que conversará na próxima semana com o relator do projeto do arcabouço fiscal na Câmara, o deputado federal Claudio Cajado (PP-BA), a respeito das alterações que foram feitas no Senado Federal. “Vamos explicar o porquê da necessidade de manter pelo menos as emendas aprovadas pelo Senado, pelo menos uma, a que nos permite que a despesa seja condicionada à inflação do final do ano, para garantirmos R$ 30 bilhões de folga, sob pena do orçamento ter que ser alterado até o final do agosto”.
A ministra falou sobre o envio do orçamento para ser aprovado pelo Congresso Nacional, em agosto, que já contará com essas alterações e que haverá déficit zero em 2024. “Estamos trabalhando o orçamento em conjunto com a questão da meta fiscal, ou seja, de zerar o déficit”.
Tebet falou novamente sobre a escolha do economista Marcio Pochmann para a presidência do IBGE. “Ele vai ser bem recebido como qualquer membro da minha equipe. Não gosto de ser prejulgada pelo meu trabalho, e eu não farei isso com um colega, que é professor universitário que nem eu, e que agora vai se somar conosco num grande projeto a favor do Brasil”, encerrou.
