São Paulo – O lucro líquido da Telefônica Brasil subiu 25,5% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 1,2 bilhão, em função do melhor resultado financeiro e menor despesa com impostos no trimestre.
A receita operacional líquida diminuiu 2,3% no período, para R$ 10,8 bilhões. O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recuou 4,8% no trimestre, para R$ 4,3 bilhões, enquanto a margem ebitda diminuiu 1,1 ponto percentual, para 40,0%.
No período, o total de acessos alcançou 93,7 milhões, sendo 76,7 milhões no segmento móvel, alta de 3,9% em relação ao mesmo período de 2019, enquanto os acessos fixos somaram 17,0 milhões, queda de 14,5% no trimestre. A participação de mercado da companhia atingiu 33,3%, alta de 1,0 pp na mesma base de comparação e a maior da história da companhia em 14 anos.
A maior parte dos clientes da Telefônica Brasil concentra-se no serviço pós-pago (43,961 milhões), seguido por pré-pago, com 32,757 milhões de clientes. A ARPU (average revenue per user, na sigla em inglês, ou receita média que cada usuário traz para a empresa) do segmento móvel caiu 3,1% a/a, para R$ 28,5/mês, refletindo o maior crescimento de clientes pré-pago no período e a sazonalidade de aumentos de preço em relação ao ano anterior.
No segmento fixo, a base total de acessos fixos somou 17,0 milhões no terceiro trimestre, uma queda de 14,5% em relação ao mesmo período de 2019, devido ao desempenho dos acessos legados de voz, xDSL e DTH e à maturidade dos serviços.
Os acessos de banda larga fixa registraram 6,394 milhões clientes ao final do período, uma redução de 10,2% em relação ao mesmo intervalo de 2019, devido às desconexões de clientes xDSL. O ARPU, por sua vez, cresceu 17,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, por conta do aumento da base de clientes em FTTH.
A TV por assinatura teve queda de 9,0% no número de clientes, para 1,258 milhão, o que a Telefônica também atribuiu à estratégia de encerrar as vendas da tecnologia DTH. A ARPU de TV cresceu 2,2%, para R$ 108,0.
No segmento de voz, o número de clientes caiu 17,9%, a 9,348 milhões, principalmente em função da substituição fixo-móvel e da migração do uso de voz para dados. A ARPU nesta área foi de R$ 34,3.
Os custos operacionais da companhia caíram 1,5% entre julho e setembro, para R$ 6,470 bilhões, enquanto os custos recorrentes também alcançaram o mesmo valor, queda de 1,5% na base trimestral. A provisão para créditos de liquidação duvidosa foi de R$ 375 milhões no trimestre, queda de 0,3 pp na base anual, refletindo medidas adotadas para mitigar os efeitos da pandemia do Covid-19, como intensificação das ações de cobrança e parcelamento de débitos.
CUSTO OPERACIONAL
Os custos operacionais recorrentes da companhia, excluindo gastos com depreciação e amortização, caíram 1,5% quando comparados ao mesmo período do ano anterior, alcançando R$ 6,470 milhões no trimestre, em um período em que a inflação foi de 3,1% (IPCA-12M). A redução deve-se principalmente aos menores custos com comercialização de serviços.
MÓVEL
O total de acessos atingiu 76,718 milhões ao final de setembro de 2020, representando um crescimento de 3,9% frente ao mesmo período de 2019. O market share total da Vivo atingiu 33,3% em agosto, alta de 1,0 pp na mesma base de comparação e a maior da história da companhia em 14 anos.
No pós-pago, a Vivo alcançou 43,961 milhões de acessos, crescimento de 3,9% na comparação com o terceiro trimestre de 2019. A base de clientes pós-pago representa 57,3% da base total de acessos móveis, com market share de 38,5% em agosto. A companhia continua sendo líder em terminais com tecnologia 4G, com market share de 32,6% (8,3 pp acima do segundo colocado).
O ARPU móvel diminuiu 3,1% a/a no trimestre, devido principalmente ao maior crescimento de clientes pré-pago, de menor ARPU, no período e a sazonalidade de aumentos de preço em relação ao ano anterior.