São Paulo – Ontem à noite, a TIM divulgou seu Plano Industrial 2023-25, divulgando novos (e superiores) estimativas para os próximos anos que agradou os analistas do BTG Pactual. Em relação a 2023, a TIM prevê alta de um dígito em base anual, crescimento nas receitas de serviços e baixo crescimento anual de dois dígitos no ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). A orientação de dividendos no ano é de R$ 2,3 bilhões, representando um dividend yield de 8%.
Enquanto isso, capex/vendas deverá ficar abaixo dos 20% este ano, com Op FCF após locações (EBITDA após arrendamentos menos capex) crescendo na casa dos dois dígitos a/a.
A recomendação do BTG é de compra , porque considera a avaliação altamente atraente, além de maior remuneração para o acionista. A avaliação barata, política de dividendos nova e mais alta (rendimento de 8%) e rápida desalavancagem, justificam.
Desde a divulgação dos resultados do 4T22 da TIM, a ação se recuperou um pouco do colapso dos últimos 3 meses, mas ainda caiu 12%. O baixo desempenho recente foi porque o mercado esperava resultados mais baixos no semestre.
O baixo desempenho recente foi devido ao mercado esperar resultados mais fracos no semestre, opinião com a qual os analistas do BTG concordam: resultados mais fracos em 2023 são efeito temporário causado pela aquisição dos ativos móveis da Oi. Os especialistas estimam que assim que os impactos do acordo forem totalmente incorporados, os resultados devem voltar a níveis mais normalizados em 2024.
“Além disso, a orientação atual mostra que a empresa deve continuar a melhorar sua geração de caixa e aumentar a remuneração dos acionistas (TIM tem ~R$ 7,5 bilhões em lucros retidos em seu balanço, tornando os lucros de curto prazo um problema para pagamento de dividendos)”, diz o banco. A TIM negocia a 3,7x EV/EBITDA 23E, um grande desconto para frente a seus pares globais (6,4x).