São Paulo – A recomendação de analistas Toro Investimentos para os investidores comprarem em julho concentra-se em ações de empresas mais consolidadas e que tenham uma relação menor com o Ibovespa e com certa exposição internacional, mas mantendo a diversificação da carteira. O Ibovespa está caminhando para fechar o pior mês desde março de 2020.
“Seguimos uma postura mais conservadora e acreditamos que a divulgação de indicadores macroeconômicos internacionais abaixo das expectativas tem probabilidade considerável de trazer volatilidade adicional aos ativos de risco. Como estamos a cerca de três meses do primeiro turno das eleições presidenciais brasileiras, a expectativa é de que o mercado comece a fazer preço”, disse Lucas Serra, analista de investimentos da Toro.
A carteira sugerida pela corretora é composta por ações da Vale (VALE3); Itaú (ITUB4), M.Dias Branco (MDIA3), Telefônica Brasil, detentora da Vivo (VIVT3), Eneva (ENEV3), Petrobras PN (PETR4), BRF (BRFS3), Energias BR (ENBR3), Ambev (ABEV3) e Weg ON (WEGE3).
O analista pontuou que em junho o Ibovespa apresentou quedas expressivas e a volatilidade deu o tom dos negócios com o risco fiscal voltando à cena local. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 pontos porcentuais (pp) para 13,25% e para agosto deve vir um aumento da mesmo magnitude ou menor.
Das 91 ações que compõem o Ibovespa, somente quatro registraram alta, com o destaque para os papéis da Eletrobras (ELET3 e ELET6) por causa da privatização da empresa. Na ponta negativa, as Small Caps e ativos mais sensíveis à oscilação dos juros foram impactadas como as varejistas Magazine Luiza (MGLU3), Via (VII3) e Americanas S.A.(AMER3).
No âmbito internacional, a elevação dos juros promovida pelo banco central norte-americano também impactou o Ibovespa e valorizou o dólar.