São Paulo – A Totvs disse que poderá estender a validade de sua oferta pela Linx para além de 13 de outubro, mas condicionou isso a um acesso maior a informações da Linx e à possibilidade de suspensão de qualquer deliberação dos acionistas da empresa a respeito da oferta da Stone.
A Stone foi a primeira empresa a fazer uma oferta pela Linx, que previa R$ 33,76 por ação – sendo a maior parte deste valor em dinheiro e o restante em ações da Stone. A Totvs apresentou uma proposta concorrente, em que cada acionista da Linx receberia uma ação da empresa e um pagamento de R$ 6,20 – o equivalente a R$ 34,09 por ação, avaliando a Linx em R$ 6,45 bilhões.
Depois da oferta da Totvs, o conselho da Linx aceitou a proposta da Stone, que por sua vez elevou a oferta a R$ 31,56. A Totvs criticou a decisão, afirmando que sua proposta é mais vantajosa aos acionistas e deveria receber consideração idêntica.
Ontem, em comunicado, a Totvs disse que o comitê independente da Linx que tem como missão avaliar a oferta da companhia “tem demonstrado somente disposição para retardar, ou mesmo impedir, a apreciação da proposta” para que os acionistas da Linx deliberem apenas sobre a oferta da Stone.
Por isso, a Totvs disse que só estenderá a validade de sua oferta pela Linx para além do dia 13 de outubro se receber “o mesmo nível de acesso à informação dado à Stone na preparação dos documentos exigidos” por reguladores e os acionistas da Linx puderem suspender a discussão sobre a proposta da Stone até que a Totvs tenha completado a tramitação de um formulário junto à Securities and Exchange Comission (SEC, órgão equivalente à Comissão de Valores Mobiliários nos Estados Unidos).
Além disso, a Linx também deve emitir um parecer sobre a proposta da Totvs para os acionistas.
“Reiteramos, portanto, que a proposta da TOTVS somente será mantida após 13 de outubro de 2020, caso as condições mínimas acima sejam respeitadas -e os acionistas de Linx tenham assim – o direito de decidir, de forma soberana, sobre o futuro da Linx.