Totvs registra lucro líquido ajustado de R$ 201 milhões no 3º trimestre, alta de 32%

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São Paulo, 7 de novembro de 2023 – A Totvs obteve lucro líquido ajustado de R$ 200,9 milhões no terceiro trimestre de 2023 (3T23), um avanço de 31,7% na comparação anual. O lucro caixa (lucro líquido sem os efeitos das despesas com amortização de intangíveis oriundos de aquisições) foi de R$ 214,8 milhões, 28,9% acima do registrado um ano antes.

Segundo a companhia, em seu relatório, o avanço do lucro caixa no trimestre foi, devido, principalmente: (i) ao aumento do ebitda ajustado de Gestão + Business Performance; e (ii) à redução do Imposto de Renda e Contribuição Social, que representou 73% do ebitda ajustado do trimestre.

A receita líquida da Totvs alcançou R$ 1,2 bilhão, alta de 18,9% na comparação anual. Esse desempenho é reflexo dos avanços: (i) na Receita Recorrente de Gestão, que cresceu 18% ano contra ano, impulsionada pelo crescimento da Receita SaaS Gestão; (ii) do crescimento de 38% na Receita de Business Performance; e (iii) do aumento de 35% da Receita de Techfin Líquida de Funding.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 294,9 milhões no terceiro trimestre, alta de 18,3% na comparação anual, com margem ebitda ajustada de 24,5%, queda de 10 pontos-base (pb) e 130 pb acima do 2T23, 3, pelo aumento da margem ebitda das três dimensões de negócio. A redução de 10 pontos base em relação ao 3T22 está principalmente relacionada aos investimentos na operação orgânica da JV Techfin, explicou a companhia.

Ao final do trimestre, a dívida líquida da Totvs era de R$ 1,0 bilhão, 77% maior que o mesmo intervalo do ano anterior, enquanto o fluxo de caixa livre somava R$ 113,2 milhões no período, queda de 19,0% na comparação anual.

No acumulado de nove meses, o crescimento de 16% do lucro caixa se deve, principalmente, ao crescimento de 21% do ebitda ajustado.

JV COM ITAÚ

Em relação à joint venture com o Itaú na Techfin, a Totvs disse que a dinâmica dessa dimensão é formada por dois negócios “com características e maturidades distintas: (i) a Supplier, com 20 anos de mercado e um modelo de negócios consistente, de alta rentabilidade e ROE, além de baixo risco de crédito. Porém, como tem prazo médio da carteira inferior a um trimestre, com exceção da tradicional sazonalidade semestral, eventuais flutuações na produção (para cima ou para baixo), que não são comuns e, quando ocorrem, são inesperadas, podem trazer variações na rentabilidade, uma vez que o principal custo é o de funding e a janela para ajustes nele, ao menos até a criação da JV, era de 6 meses; com a JV, a eficiência de funding já melhorou sensivelmente, reduzindo bastante essa janela. Desta forma, dizemos que o custo para um trimestre ‘já está dado’. Por isso, tivemos um 2T23 com forte queda na rentabilidade e, pelo motivo oposto, tivemos uma recuperação tão rápida e intensa no 3T23. O mesmo aconteceu durante 2020, no início da pandemia”, explicou a empresa.

O segundo ponto mencionado é “(ii) a operação orgânica, que é um negócio com três anos de vida, mercado endereçável (addressable market) bastante relevante e no qual estamos construindo diferenciais competitivos únicos. Com a JV, aumentamos o investimento na criação de um portfólio muito mais amplo. Porém, uma boa parcela do Opex dessa operação já fazia parte do resultado da TOTVS. Portanto, o guidance que foi passado até o 4T24 não é 100% adicional.”

A JV passou a ter autonomia operacional e financeira. Ela recebeu um aporte primário de R$200 milhões do Itaú e, na medida em que a Supplier é bastante rentável e que uma boa parcela do Opex do orgânico não é adicional, ela tem capacidade de financiar seu crescimento de maneira autossuficiente, disse a Totvs.

Conselho aprova programa de recompra de até 18 milhões de ações

O Conselho de Administração da Totvs, em reunião realizada nesta data, aprovou programa de recompra de ações de emissão da própria companhia, até o limite de 18 milhões de ações ordinárias, para maximizar a geração de valor para o acionista, promover a alocação eficiente de capital, podendo as ações serem mantidas em tesouraria, canceladas ou alienadas. O Programa de Recompra será encerrado até 8 de novembro de 2024.

A Companhia possui 515.613.517 ações em circulação. As aquisições dar-se-ão à débito da conta de reserva de capital registrada nas demonstrações financeiras relativas ao terceiro trimestre de 2024 e serão realizadas por meio de uma ou mais dentre as seguintes instituições financeiras: BTG Pactual CTVM e Itaú Corretora de Valores.