Traders Club acusa Empiricus por autoria de vídeo difamatório anônimo

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São Paulo – A TC Traders Club disse que sofreu ataques da Empiricus e acusou a empresa de estar por trás do que “talvez seja o maior caso de manipulação da história do mercado de capitais brasileiro”, disse Pedro Albuquerque, presidente da empresa, em coletiva de imprensa realizada hoje. A empresa entrou com pedido de abertura de inquérito na Polícia Federal sobre o caso.

“Há uma aposta massiva conta o TC no mercado financeiro, segundo informações da Comissão de Valores Mobiliários. Os fundos da Vitreo e da Empiricus estão apostando contra o TC”, disse o executivo. “Esperamos que o inquérito seja instaurado e vamos enviar documentos à Comissão de Valores Mobiliários (CVM)”, acrescentou.

A TC Traders Club tem 600 funcionários, 700 mil usuários ativos em sua plataforma e 130 companhias de capital aberto em sua base de clientes.

A empresa afirma ter recebido mensagens de “ex-funcionários, funcionários e sócios do TC” acusando Filipe Miranda, principal sócio da Empiricus, os abordou para mencionar as acusações do vídeo e de que ele abordou investidores para gerar pânico sobre a empresa.

O banco BTG Pactual também teria iniciado uma investigação contra executivos da Empiricus, Filipe Miranda e Caio Mesquita, para investigar a relação deles com o vídeo contra o TC.

A empresa veio a público para responder às acusações que sofreu de estupro coletivo, assédio moral, manipulação e “front running” (uso de informação interna e sigilosa por corretor de valores), segundo vídeo anônimo que tem circulado em grupos de WhatsApp desde 28 de junho.Desde então, as ações da companhia registram queda. De 29 para de 30 junho, caíram 44%, de R$ 7,19 para R$ 4,76, quando o caso ganhou repercussão na imprensa.

“O TC não tem nenhum processo sancionador ou cível em nossa história”, disse o executivo. “As acusações são infundadas e mentirosas.”

O vídeo mostra uma mulher com maquiagem de palhaço dizendo que o TC manipula ações negociadas na Bolsa. No final, ela diz que “tem muita coisa ainda por vir”. Em seguida, sem apresentar provas, ela fala em 17 supostos casos de assédio e pergunta se é verdade que houve um estupro coletivo de uma ex-colaboradora dentro da sede da empresa. Segundo o TC, as insinuações são mentirosas.

Por ser uma empresa concorrente, a Empiricus seria parte interessada na queda das ações do TC, diz Albuquerque. É com base nesse contexto que o TC apresentou em 29 de junho, ao Tribunal de Justiça de São Paulo, um pedido judicial para que a Empiricus retire o vídeo da internet, caso seja ela a responsável pela peça.

Procurada pela Agência CMA, a Empiricus disse que “nega veementemente as acusações feitas pelo executivo do TC. As supostas conversas de WhatsApp apresentadas jamais aconteceram. A empresa informa ainda que já está tomando as providências cabíveis”, disse, em nota.