Trump diz que assinará medidas independentes de alívio por covid-19

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São Paulo – Depois cancelar as negociações por um novo pacote de estímulos com a oposição democrata, o presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump, disse que assinará um projeto de lei independente autorizando cheques de estímulos, e pediu ao Congresso que aprovasse rapidamente ajuda para companhias aéreas e pequenas empresas.

“A Câmara e o Senado devem aprovar imediatamente US$ 25 bilhões para apoio à folha de pagamento de companhias aéreas e US$ 135 bilhões para o Programa de Proteção aos Salários para pequenas empresas”, disse Trump ontem à noite, no Twitter.

“Ambos serão totalmente pagos com fundos não utilizados da Lei Cares [Lei de Auxílio, Alívio e Segurança Econômica ao coronavírus]. Tem esse dinheiro. Vou assinar agora!”, acrescentou o presidente.

Em outra mensagem na rede social, Trump disse: “Se eu receber um projeto de lei independente para cheques de estímulo (US$ 1.200), eles irão para o nosso grande povo imediatamente. Estou pronto para assinar agora. Você está ouvindo
Nancy?”, disse, em referência a presidente da Câmara dos Deputados do país, a democrata Nancy Pelosi.

Ontem mais cedo, Trump havia rejeitado a proposta da oposição democrata de uma nova rodada de ajuda ao novo coronavírus, avaliada em US$ 2,4 trilhões, e ordenou que as negociações sejam suspensas até depois da eleição presidencial de 3 de novembro.

“Fizemos uma oferta muito generosa de US$ 1,6 trilhão e, como sempre, ela não está negociando de boa-fé. Estou rejeitando seu pedido, e olhando para o futuro do nosso país. Instruí meus representantes a pararem de negociar até depois da eleição, quando, imediatamente após minha vitória, aprovaremos uma importante lei de estímulo que se concentra nos norte-americanos trabalhadores
e nas pequenas empresas”, disse o presidente.

Em resposta, Pelosi, que liderava as conversas com o governo sobre a ajuda, disse que a decisão coloca a economia em risco. “Trump ignorou o alerta feito por Powell sobre os estímulos”, afirmou ela, referindo-se a declarações feitas mais cedo pelo presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, sobre a necessidade de mais apoio fiscal para garantir a recuperação da economia.