São Paulo – O presidente norte-americano, Donald Trump, elevou o tom sobre a China, sugerindo que os Estados Unidos podem cortar completamente suas relações com Pequim em um momento no qual as tensões entre as duas maiores economias do mundo permanecem elevadas por questões políticas, comerciais e pela pandemia do novo coronavírus.
“Não foi culpa do embaixador Lighthizer (ontem no Comitê) que talvez eu não tenha me esclarecido, mas os Estados Unidos certamente mantêm uma opção de política, sob várias condições, de uma dissociação completa da China”, afirmou Trump no Twitter.
Ao comparecer ontem a um comitê da Câmara dos Deputados, o representante comercial dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, ofereceu uma avaliação muito mais otimista do acordo comercial firmado com a China em janeiro do que Trump nas últimas semanas.
O presidente norte-americano expressou repetidamente irritação com a China, dizendo no mês passado que “havia perdido um pouco do gosto” pelo acordo comercial, ameaçando “cortar todo o relacionamento” com Pequim.
Repetidamente, Trump vem culpando o governo chinês por não fazer mais para impedir a propagação do novo coronavírus, uma pandemia que afetou gravemente a economia norte-americana.
Ontem, Trump assinou uma lei sobre direitos humanos relacionados à minoria muçulmano uigur, abrindo caminho para a imposição de sanções a autoridades chinesas. Os Estados Unidos acusam a China de enviar milhares de pessoas dessa minoria para campos de concentração. Pequim nega, afirmando que são locais de aprimoramento de mão de obra.