UBS compra Credit Suisse por US$ 3,2 bilhões

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O UBS anunciou no último domingo (19) a compra do banco rival Credit Suisse por US$ 3,2 bilhões. Na operação, o UBS concordou em assumir até 5 bilhões de francos suíços (US$ 5,38 bilhões) em dívidas. A fusão aconteceu para evitar o agravamento da crise do setor bancário em todo o mundo.

O presidente do UBS, Colm Kelleher, disse que esta aquisição é atraente para os acionistas do UBS, mas, sejamos claros, no que diz respeito ao Credit Suisse, este é um resgate de emergência. Estruturamos uma transação que preservará o valor deixado no negócio, limitando nossa exposição negativa”.

Com a fusão, o UBS se torna o maior banco da Suíça, e terá sob sua responsabilidade mais de US$ 5 trilhões em ativos. As negociações para a aquisição do Credit Suisse se deram no final de semana. Para a agência reguladora do setor bancário suíça (FINMA), havia o risco de que o banco não tivesse liquidez para cobrir os saques e, por isso, aprovou a compra pelo UBS.

“Este acordo poderia traçar uma linha permanente sob os problemas do setor bancário suíço. O Credit Suisse foi absorvido por um banco mais saudável com bolsos muito mais fundos. Isso deve dar tempo para a administração do UBS reformar o Credit Suisse e encolher seu problemático banco de investimentos”, afirma Andrew Kenningham, economista-chefe para a Europa da Capital Economics.

O Banco Central Europeu (BCE) emitiu uma nota, por meio da presidente da instituição, Christine Lagarde, sobre a aquisição do Credit Suisse. “Saúdo a ação rápida e as decisões tomadas pelas autoridades suíças. Eles são fundamentais para restaurar as condições de mercado ordenadas e garantir a estabilidade financeira”.

A secretária do Tesouro norte-americano, Janet Yellen, e o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, divulgaram uma nota conjunta. “Congratulamo-nos com os anúncios das autoridades suíças hoje para apoiar a estabilidade financeira. As posições de capital e liquidez do sistema bancário dos Estados Unidos são fortes e o sistema financeiro dos Estados Unidos é resiliente. Mantivemos contato próximo com nossas contrapartes internacionais para apoiar sua implementação.