São Paulo – O banco suísso UBS anunciou que conclluiu a aquisição do rival Credit Suisse, tornando-se uma das instituições com maior poder de ativos no sistema financeiro global.
Há mais de um século, o Credit Suisse existia e hoje encerra para sempre suas negociações na bosa de valores da Duíça. Seus American Depositary Receipts também deixarão de ser negociados e os acionistas do Credit Suisse receberão uma ação do UBS para cada 22,48 em ações no antigo banco.
O UBS comprou o Credit Suisse depois que este perdeu a confiança de clientes e investidores. A combinação cria um gigante com US$ 1,7 trilhão em ativos totais e uma participação de mercado de quase 40% dos empréstimos e depósitos do país.
É a primeira combinação de dois bancos de importância sistêmica global desde que os reguladores financeiros criaram a designação para instituições grandes e complexas após a crise financeira de 2008.
O UBS inicialmente operará o Credit Suisse como um banco separado e disse que espera que a integração total leve de três a cinco anos. O UBS disse que ainda pode vender ou se desfazer do grande braço doméstico do Credit Suisse. Alguns políticos suíços querem que ambos os bancos continuem operando no país para evitar grandes perdas de empregos. O UBS disse que tomaria uma decisão no terceiro trimestre.
A combinação provavelmente resultará na eliminação de dezenas de milhares de empregos, inclusive em Nova York e Londres, onde o UBS mantém apenas partes do banco de investimentos do Credit Suisse.
O UBS disse que economizaria bilhões de dólares da base de custos combinada dos bancos, principalmente com cortes de empregos.
A entidade combinada estará entre os maiores gestores de patrimônio e empresas de gestão de ativos do mundo, com cerca de US$ 5 trilhões em ativos investidos.