São Paulo – O UBS reiterou a recomendação de compra das ações da BR Distribuidora e e aumentou o preço-alvo para R$ 35, de R$ 30, com base na expectativa de volumes adicionais e expansão da margem e oportunidades positivas de alocação de capital após a conclusão do desinvestimento da Petrobras na companhia.
“Com a venda concluída, acreditamos que a companhia está pronta para materializar e expectativa de desempenho positivo da ação de todas as melhorias operacionais alcançadas desde a privatização”, disse o analista Luiz Carvalho, em relatório a clientes.
Os analistas esperam que a distribuidora entregue um novo plano de longo prazo no terceiro trimestre, que mostra como a empresa pode avançar para alavancar sua posição em distribuição de energia.
Eles avaliam que os caminhos potenciais para o crescimento estão em comercialização de energia, citando a aquisição da Targus como primeira etapa, gás natural e parcerias nas refinarias a serem privatizadas.
“A BR já é o maior fornecedor de combustíveis líquidos para clientes B2B e pode alavancar essa frente em uma transição de energia para fontes com menor emissão de carbono intensivo”, avaliam.
A análise também também inclui maior projeção de volumes em 2021, uma vez que a empresa fornece os combustíveis necessários para As usinas termelétricas (UTEs) do Brasil em meio a um cenário hidrológico desafiador que, na visão dos analistas, também ajuda a suportar melhores margens.
“É cedo para dizer, mas se a situação hidrológica não melhora e a dependência de UTE permanece em 2022, estimamos um potencial de aumento adicional de R$ 80 milhões por trimestre no ebitda”, disseram.
As ações da BR Distribuidora registraram a maior alta do Ibovespa nesta quinta-feira, de 6,74%, a R$ 28,48, após a precificação, pela Petrobras, dos papéis que possui na empresa em R$ 26 e levantar R$ 11,36 bilhões na oferta de distribuição secundária para a venda de 37,5% do capital social.