São Paulo – A Ucrânia e os Emirados Árabes iniciaram nesta segunda-feira negociações sobre um acordo comercial bilateral, que deve ser concluído até meados do ano que vem, informou o Ministério da Economia dos Emirados Árabes Unidos.
O ministro de Estado de Comércio Exterior dos Emirados Árabes Unidos, Thani Al Zeyoudi, e a ministra da Economia ucraniana, Yulia Svyrydenko, assinaram uma declaração conjunta sobre as negociações para um Acordo Abrangente de Parceria Econômica (CEPA), disse o comunicado.
“O Ministério das Relações Exteriores continua a abrir novos horizontes para a Ucrânia no mundo e a criar novas oportunidades para os negócios ucranianos. Hoje temos boas notícias: a Ucrânia e os Emirados Árabes Unidos iniciaram oficialmente as negociações para a conclusão de um acordo de parceria econômica abrangente. As bases deste acordo foram lançadas pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyi, durante sua visita aos Emirados Árabes Unidos. E foi exatamente sobre isso que conversamos com meu colega dos Emirados”, disse o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba.
“Nossa prioridade são os mercados da Ásia, Oriente Médio e África. O Ministério das Relações Exteriores, em cooperação com outros departamentos, abre novos horizontes para os produtos ucranianos, desenvolve o comércio e protege os negócios ucranianos no exterior. O acordo com os Emirados Árabes Unidos, cujas negociações começaram hoje, abrirá novas perspectivas para nossa economia e negócios ucranianos na região do Golfo. Isso é especialmente importante nas condições de guerra e na necessidade de fortalecer a estabilidade econômica da Ucrânia”, enfatizou.
Os Emirados Árabes Unidos tentaram permanecer neutros no conflito entre Rússia e Ucrânia, apesar da pressão ocidental sobre os principais produtores de petróleo para ajudar a isolar a Rússia, que também pertence à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, conhecida como Opep+.
O acordo “ajudaria a impulsionar a recuperação econômica da Ucrânia e criaria novas oportunidades para exportadores, investidores e fabricantes, e facilitaria a colaboração em setores de alto valor, como infraestrutura, indústria pesada, aviação, TI e segurança alimentar”, tuitou Al Zeyoudi posteriormente.