São Paulo – A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), adotou um pacote de propostas ambiciosas para alcançar a meta de reduzir as emissões líquidas de gases de efeito estufa em pelo menos 55% até 2030, em comparação com os níveis de 1990.
O pacote inclui planos para taxar o combustível de aviação, proibir as vendas de automóveis movidos a gasolina e diesel até 2035 e adotar a chamada tarifa de fronteira de carbono, exigindo que fabricantes de fora da UE paguem mais pela importação de alguns materiais, como aço e concreto.
Além disso, a proposta inclui metas mais ambicionas para expansão do uso de energias renováveis na UE e propõe a renovação de edifícios, entre outras medidas. O pacote precisa ser aprovado pelos 27 países membros do bloco e passar pelo Parlamento Europeu para entrar em vigor.
“A economia dos combustíveis fósseis atingiu os seus limites. Queremos deixar para a próxima geração um planeta saudável, bem como bons empregos e crescimento que não prejudique nossa natureza. O Pacto Ecológio Europeu é a nossa estratégia de crescimento que caminha para uma economia descarbonizada”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
“A Europa foi o primeiro continente a se declarar neutro para o clima em 2050 e agora somos os primeiros a apresentar um roteiro concreto. A Europa fala sobre políticas climáticas por meio da inovação, investimento e compensação social”, acrescentou ela.
As emissões de gases com efeito de estufa no bloco europeu já caíram 24% em comparação com 1990, diz a UE. Com as propostas de hoje, a Comissão apresenta os instrumentos legislativos para cumprir os objetivos acordados na Lei Europeia do Clima, que entrou em vigor este mês. A Comissão apresentou o Pacto Ecológico Europeu em dezembro de 2019.
“Alcançar um futuro verde e saudável para todos exigirá esforços consideráveis em todos os setores e Estados membros”, disse o vice-presidente executivo da UE para o Pacto Ecológico Europeu, Frans Timmermans.
“Juntas, nossas propostas estimularão as mudanças necessárias, permitirão que todos os cidadãos experimentem os benefícios da ação climática o mais rápido possível e fornecerão apoio às famílias mais vulneráveis. A transição da Europa será justa, verde e competitiva”.
