UE apela que farmacêuticas entreguem vacinas prometidas contra covid-19

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São Paulo – A presidente da Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), Ursula von der Leyen, apelou a farmacêuticas que entreguem as doses prometidas de vacinas contra covid-19, em meio a incertezas sobre o fornecimento.

“A União Europeia e outros países ajudaram com dinheiro – grandes somas foram investidas – para construir rapidamente capacidades de pesquisa e instalações de produção. A Europa investiu bilhões para ajudar a desenvolver as primeiras vacinas contra covid-19 do mundo”, disse ela, em um evento online do Fórum Econômico Mundial de Davos.

“E agora, as empresas devem entregar. Eles devem honrar suas obrigações. É por isso que criaremos um mecanismo de transparência na exportação de vacinas. A Europa está determinada a contribuir para este bem comum global. Mas também significa negócios”, acrescentou.

Tanto a Pfizer e BioNTech quanto a AstraZeneca notificaram a UE sobre atrasos nas entregas de vacinas contra covid-19. A Pfizer disse que a Europa sofreria uma queda temporária nas entregas, que seria compensada mais tarde por causa de atualizações de produção em sua fábrica na Bélgica.

Segundo a UE, a AstraZeneca não deu explicações satisfatórias sobre os atrasos nas entregas. A vacina da empresa desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford ainda não foi aprovada pela agência reguladora da UE, o que deve acontecer ainda esta semana, no dia 29 de janeiro.

Bruxelas comprou 600 milhões de doses da Pfizer, com 75 milhões disponíveis no segundo trimestre do ano.  Da AstraZeneca, foram compradas 300 milhões de doses, além de mais 100 milhões de doses, o suficiente para vacinar 200 milhões de pessoas.

Ontem, a chefa UE para saúde, Stella Kyriakides, disse que a Comissão vai agora exigir que os laboratórios avisem previamente “quando pretendem exportar doses para outros países”, com exceção das doses para fins humanitários, como parte de um mecanismo de transparência na exportação.