Uma ordem mundial está sendo criada, diz Lavrov, da Rússia

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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, em uma reunião com demais autoridades russas nesta segunda-feira (27), que o conflito no leste europeu está redesenhando as relações entre os países.

“Está sendo decidida a configuração da futura ordem mundial, a partir da qual o lugar da Rússia no sistema democrático, justo e policêntrico que agora está sendo formado, será determinado”, disse.

“Quero enfatizar mais uma vez: conseguimos não apenas frustrar os planos do ‘Ocidente coletivo’ de isolar e até desmembrar a Rússia, mas também garantir a cooperação contínua com a esmagadora maioria dos membros da comunidade internacional – agora chamamos isso de a ‘Maioria Mundial’, com a qual mantemos comunicações cada vez mais estreitas e eficazes”, continuou.

Lavrov falou das alianças internacionais das quais a Rússia faz parte, como a Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO), da qual participam Armênia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia e Tajiquistão); a União Econômica Euroasiática (EAEU), da qual participam Bielorrússia, Cazaquistão e Rússia; a Comunidade dos Estados Independentes (CEI), das quais fazem parte as repúblicas que pertenciam à extinta União Soviética; a Organização de Cooperação de Xangai (SCO), com a China, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia e Tadjiquistão, e os Brics, que contém o Brasil, Rússia, India, China e África do Sul.

O ministro citou o ministério das Relações Exteriores do Brasil como um parceiro tanto dentro do grupo dos Brics, como também na condução da inserção de novos países no bloco. “Este é o mérito de toda a simpática equipe do Itamaraty. É significativo que nos últimos dois anos, incluindo o último ano da operação militar especial, o número de países que desejam ingressar no Brics, a SCO aumentou dramaticamente. Agora são cerca de duas dezenas. Eles realmente desempenham um papel significativo em suas regiões – Egito, Turquia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Indonésia, Argentina, México e vários países africanos”.

“Apenas listar os nomes desses estados mostra o fracasso das tentativas de isolar nosso país. Estamos prontos para relações iguais e mutuamente benéficas com todos aqueles que mostram prontidão recíproca. Apenas em termos iguais e mutuamente benéficos. As tentativas do Ocidente de impor sua vontade a todos os outros, suas ‘regras’ nas quais deseja basear e manter a ordem mundial pró-ocidental, são inúteis e absolutamente nada promissoras”.