UE aplica sanções à China por violações de direitos humanos em Xinjiang

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São Paulo – A União Europeia (UE) impôs sanções a quatro autoridades chinesas, incluindo um diretor de segurança, por abusos de direitos humanos em Xinjiang, uma região autônoma no noroeste da China.

A medida veio em decorrência das acusações de uigures muçulmanos no local. Entre os alvos das penalidades estava Chen Mingguo, diretor do Departamento de Segurança Pública de Xinjiang. A União Europeia disse que Chen era responsável por “graves violações dos direitos humanos”.

No Jornal Oficial da União Europeia, o bloco acusou Chen de “detenções arbitrárias e tratamento degradante infligido a uigures e pessoas de outras minorias étnicas muçulmanas, bem como de violações sistemáticas de sua liberdade de religião ou crença”.

Outros atingidos por proibições de viagens e congelamento de ativos foram: os altos funcionários chineses Wang Mingshan e Wang Junzheng, o ex-vice-secretário do partido em Xinjiang, Zhu Hailun e o Departamento de Segurança Pública do Corpo de Produção e Construção de Xinjiang.

No entanto, a UE evitou sancionar o alto funcionário em Xinjiang, Chen Quanguo, que está na lista de penalizados dos Estados Unido.

Embora simbólicas, as sanções da UE marcam um endurecimento significativo na política do bloco em relação à China, que Bruxelas por muito tempo considerou um parceiro comercial benigno, mas agora vê como um abusador sistemático dos direitos e liberdades básicos.

A UE não havia sancionado a China de forma significativa desde que impôs um embargo de armas em 1989 após a repressão pró-democracia na Praça da Paz Celestial, embora visasse dois hackers de computador e uma empresa de tecnologia em 2020 como parte de sanções cibernéticas mais amplas. O embargo de armas ainda está em vigor.

A ação foi coordenada com países aliados, e medidas semelhantes foram aplicadas pelos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.