Usiminas reverte lucro e fecha 3° trimestre com prejuízo de R$ 166 milhões

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São Paulo, SP – A Usiminas divulgou hoje o balanço do terceiro trimestre de 2023, com prejuízo líquido de R$ 166 milhões, revertendo o lucro líquido de R$ 608 milhões alcançado no mesmo período do ano passado. Segundo a companhia, o resultado é reflexo do resultado operacional inferior e perdas cambiais registradas no terceiro trimestre.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado ficou negativo em R$ 20 milhões, inferior ao saldo positivo de R$ 836 milhões registrados no mesmo período do ano passado. A margem Ebitda ajustado recuou de 10% para 0%, queda de 10 pontos percentuais. Já a margem líquida ficou negativa em 2,5%, queda de 9,7 pontos percentuais na comparação com o mesmo período do ano passado e 6,6 pontos percentuais inferior ao segundo trimestre deste ano.

A receita líquida foi R$ 6,7 bilhões, queda de 20% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. O custo dos produtos vendidos CPV totalizou R$6,5 bilhões, aumento de 3,7% em comparação com o segundo trimestre de 2023 (R$ 6,3 bilhões), com aumento na Unidade de Siderurgia. As variações são explicadas nas seções das Unidades de Negócios neste documento.

A companhia informou que as projeções acerca dos volumes de vendas de aço da Unidade de Siderurgia para o quarto trimestre de 2023 deve ficar entre 900 mil a 1 milhão de
toneladas.

As Despesas com vendas foram de R$ 111 milhões, 28,8% inferiores ao trimestre anterior (2T23: R$ 155 milhões), com menores despesas com vendas na Unidade de Mineração. As
Despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 166 milhões, 11,9% superiores ao trimestre anterior (2T23: R$ 148 milhões), principalmente com maiores despesas na Unidade de Siderurgia. Outras receitas (despesas) operacionais totalizaram R$ 226 milhões negativos no 3T23, despesas 7,3% superiores ao trimestre anterior (2T23: R$ 210 milhões negativos), com maiores despesas na Unidade de Siderurgia e Mineração.

O Resultado Financeiro foi de R$ 98 milhões negativo, R$ 303 milhões inferior ao resultado apresentado no trimestre anterior (2T23: R$ 205 milhões), com o registro de perdas cambiais líquidas de R$ 132 milhões, ante ganhos cambiais líquidos de R$ 172 milhões registrados no trimestre anterior.

O capital de giro foi de R$ 7,9 bilhões, 16,3% inferior ao 2T23 (R$ 9,4 bilhões). As principais variações foram a redução de Estoques em R$ 810 milhões, principalmente pelos estoques de placas. A Usiminas fechou o terceiro trimestre com 148 mil toneladas de placas para suprir a produção durante a reforma do Alto Forno 3.

O CAPEX totalizou R$886 milhões, 0,8% superior ao segundo trimestre (R$ 879 milhões), sendo 83,2% na Unidade de Siderurgia, 13,6% na Unidade de Mineração, e 3,2% na Unidade de Transformação.

A produção de aço bruto na usina de Ipatinga foi de 352 mil toneladas, inferior em 15,4% em relação ao 2T23 (416 mil toneladas). A produção de laminados nas usinas de Ipatinga e de Cubatão totalizou 1,0 milhão de toneladas no 3T23, representando um aumento de 5,3% em relação ao trimestre anterior (2T23: 988 mil toneladas). No terceiro trimestre foram processadas 674 mil toneladas de placas adquiridas (2T23: 586 mil toneladas).

O volume de vendas totais somou 1.021 mil toneladas de aço, 5,0% superior em relação ao 2T23 (972 mil de toneladas), superior ao guidance fornecido pela companhia para o período. No mercado interno, as vendas foram de 931 mil toneladas, um aumento de 3,2% em relação ao 2T23 (902 mil toneladas). As exportações no 3T23 foram de 90 mil toneladas, 28,5% superior ao 2T23 (70 mil toneladas). O volume de vendas foi 91% destinado ao mercado interno e 9% às exportações (contra 93% e 7% para mercado interno e exportações, respectivamente, no 2T23).

O volume de produção nas unidades de mineração alcançou 2,4 milhões de toneladas, elevação de 4,4% em comparação ao 2T23 (2,3 milhões de toneladas). O volume de vendas foi de 2,4 milhões de toneladas, estável em relação ao trimestre anterior.

As exportações totalizaram 1,8 milhão de toneladas, equivalente a dez embarques, um navio a menos em relação ao 2T23 (1,9 milhão de toneladas). A distribuição das exportações foi de 60% com frete marítimo e 40% sem frete marítimo, contra 83% e 17% no 2T23, respectivamente.