Vacinas melhoram perspectivas para economia em 2021, diz vice do Fed

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São Paulo – As perspectivas para a economia norte-americana melhoraram e o risco de queda diminuiu com o lançamento de vacinas contra o novo coronavírus, segundo o vice-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Richard Clarida, em seus primeiros comentários do ano.

“Embora o recente aumento de novos casos de covid-19 e hospitalizações seja motivo de preocupação e uma fonte de risco de queda para as perspectivas de muito curto prazo, as boas notícias sobre o desenvolvimento de várias vacinas eficazes indicam para mim que as perspectivas para a economia em 2021 e além se iluminaram e o risco de queda para as perspectivas diminuiu”, afirmou.

Segundo Clarida, a taxa de juros próxima de zero e as compras de ativos estão fornecendo suporte poderoso à economia, embora tenha ressaltado que  ainda levará tempo para que a atividade econômica e o emprego se recuperam da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.

“Embora nossas ferramentas de taxa de juros e balanço estejam fornecendo suporte poderoso à economia e continuarão a fazê-lo à medida que a recuperação progride, levará algum tempo para que a atividade econômica e o emprego voltem aos níveis que prevaleciam no pico do ciclo de negócios alcançado em fevereiro passado”, disse.

Em uma ação de emergência em março do ano passado, o Fed cortou a taxa de juros para a faixa atual de zero a 0,25% ao ano e seus membros já indicaram que esse patamar deve ser mantido pelo menos até o início de 2024. Na ocasião, o banco central também retomou a compra de título do Tesouro e hipotecas. Atualmente, a autoridade monetária adquire US$ 120 bilhões desses papéis por mês.

No discurso, Clarida reforçou ainda que o Fed segue comprometido com o uso de todas as suas ferramentas, caso seja necessário, para continuar apoiando a economia a atravessar a crise e atingir as metas de estabilidade de preços e pleno emprego.

“Estamos empenhados em usar toda a nossa gama de ferramentas para apoiar a economia e ajudar a garantir que a recuperação deste período difícil seja o mais robusta possível”, afirmou.

Na reunião de dezembro, o Fomc mantive a taxa de juros inalterada. Os membros do comitê também discutiram a compra mensal de títulos do Tesouro e hipotecas e ofereceram uma orientação mista sobre as condições que precisariam ser atendidas essas aquisições fossem alteradas.