VALE afirma ter desembolsado R$27 bi em reparações em Brumadinho

468

São Paulo – A Vale informa que segue empenhada em reparar os danos causados pelo rompimento da Barragem de Brumadinho, que rompeu em 2015, deixando 270 mortos e seis desaparecidos.A empresa afirmou em nota que um dos avanços em seu compromisso está a assinatura, em 2021, do Acordo Judicial de Reparação Integral, no valor estimado de R$ 37,7 bilhões.

O acordo define obrigações de fazer e de pagar da Vale, visando à reparação integral dos danos ambientais e sociais causados pelo rompimento da barragem B1 (Brumadinho). Até o momento, aproximadamente R$ 18,5 bilhões já foram desembolsados pela empresa, entre obrigações a fazer e a pagar, isto é, custeadas pela empresa e geridas e executadas pelos compromitentes do Acordo.” Segundo a companhia, já foram desembolsados cerca de aproximadamente R$ 22 bilhões para promover a reparação e compensação dos impactos causados pelo rompimento da barragem. Destinou ainda quase R$ 5 bilhões para as obras de eliminação das barragens construídas a montante, o mesmo método da B1, em Brumadinho.

A empresa também informou em nota que está comprometida em indenizar, o mais rapidamente possível, as pessoas que sofreram danos pelo rompimento da barragem, ou que foram realocadas em razão do aumento do nível de emergência das barragens. Mais de 13 mil pessoas fecharam acordos com a Vale com valores que, somados, alcançam R$ 3,1 bilhões.

B3/B4

Em maio de 2022, a barragem de rejeitos B3/B4 da Vale, que fica em Nova Lima (MG), próxima a Belo Horizonte, estava com apenas 30% de seu conteúdo retirado. À época, a Vale afirmou que o esvaziamento dessa barragem é a principal etapa do trabalho de desmontagem e eliminação da estrutura.

A B3/B4 é uma das 3 barragens da Vale que estão em nível 3 de emergência e integra a lista de 30 barragens da empresa que usam o mesmo método de construção da que rompeu em Brumadinho.

A Vale reformulou sua gestão de barragens, em linha com as melhores e mais rigorosas práticas internacionais, integrada à movimentos da sociedade e considerando os avanços da legislação. Um dos pilares dessa gestão é a eliminação de barragens construídas a montante, mesmo método da estrutura de Brumadinho. Nove das 30 unidades desse tipo já não existem mais.

Para 2022, está prevista a conclusão de outras três obras, cumprindo 40% do seu Programa de Descaracterização de Barragens.