São Paulo – A Vale informou que tomou todas as medidas necessárias para suspender as atividades do Complexo Itabira, localizado em Minas Gerais (MG), após uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 3 Região, que restabeleceu o termo de interdição emitido pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho.
Segundo a mineradora, a interdição acontecerá até julgamento do mérito da ação ou até que sejam implementadas as medidas de controle para proteção ao coronavírus determinadas pelos auditores do trabalho, sob pena de multa diária no valor de R$ 500 mil.
“A Vale informa que a paralisação das atividades das referidas minas segue todos os critérios técnicos e protocolos de segurança, para proteger a saúde dos trabalhadores”, diz o comunicado. A paralisação acontece nas minas de Conceição, Cauê e Periquito.
A companhia ressaltou ainda que tem consciência de sua responsabilidade socioeconômica e, desde o início da pandemia, vem realizando uma série de ações para prevenir e mitigar os efeitos do coronavírus, entre eles o protocolo da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Além disso, a empresa vem fazendo teste em massa de seus empregados no Brasil, permitindo o mapeamento das pessoas que tiveram contato com o vírus e estão assintomáticas. Até o dia 5 de junho, mais de 75% da força de trabalho foram testados. Em Itabira, por sua vez, foi testado quase a totalidade os funcionários em regime presencial.
A Vale afirmou que, embora a produção mensal de Itabira esperada é de 2,7 milhões de toneladas de minério de ferro para os próximos meses e o provisionamento de até 15 milhões de toneladas de perdas associadas ao coronavírus, não há, nesse momento, necessidade de revisão do guidance, que prevê um volume de produção de 310 a 330 milhões de toneladas de minério em 2020.
“A Vale informa, no entanto, que poderá haver desabastecimento temporário de pelotas para o mercado interno, enquanto permanecer a paralisação de Itabira, tendo em vista que o complexo fornece pellet feed para as pelotizadoras do complexo de Tubarão”.