Vale atualiza projeções até 2023

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São Paulo – A Vale atualizou suas projeções de produção e custos em minério de ferro para 2021 e 2022 e outras commodities. A companhia prevê produzir entre 315 milhões e 320 milhões de toneladas em 2021, e uma faixa de 320 milhões e 335 milhões no ano que vem, enquanto estima custo caixa C1 sem custos de compra de terceiros de, aproximadamente US$ 17 por tonelada (t) em 2021, entre US$ 15,5 por t e US$ 16,0 por t em 2023 e entre US$ 14,0 por t e US$ 15,0 por t quando atingir o nível de produção de 400 milhões de toneladas por ano (Mtpa).

Ainda em minério de ferro, a companhia prevê custo de frete marítimo unitário de finos de aproximadamente US$ 19 por t em 2021 e de aproximadamente US$ 16 por t no médio prazo, além de ebitda break-even de minério de ferro e pelotas de aproximadamente US$ 45 por t em 2021 e de aproximadamente US$ 35 por t quando atingir o nível de produção de 400 Mtpa.

A mineradora também anunciou projeções em pelotas, de 34-38 milhões de toneladas em 2022, e mais de 50 Mt de 2023 em diante.
Em cobre, a companhia estima produção entre 330-355 kt em 2022, 309-420 entre 2023 e 2026 e mais de 450 Kt após 2027.

A produção de níquel, por sua vez, é estimada em 175-190 kt entre 2022 e 2023 e acima de 200 kt após 2024.

O investimento projetado pela Vale em 2022 é de US$ 5,8 bilhões, correspondente a uma média de US$5-6 bilhões nos próximos anos.

Os prêmios de minério de ferro são estimados em aproximadamente US$ 6 por t, US$ 8-12 por t e US$ 12-18 por t em 2021, 2023-26 e após 2029, respectivamente.

A companhia prevê variação do ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em 2023 entre US$ 16,5 bilhões e US$ 24,0 bilhões, dependendo das seguintes premissas: média anual do preço do minério de ferro, variando de US$ 80 por t a US$ 100 por t; volume de vendas de minério de ferro variando entre 340 Mt e 360 Mt, preço médio de cobre LME de US$ 10.000 por t, preço médio de níquel LME US$ 17.500 por t taxa de câmbio média anual BRL/USD de 5,00 (2023).

Em 2021, o impacto estimado no fluxo de caixa previsto pela Vale é de: em VNC, é negativo em US$ 70 milhões em 2021 (não considera o pagamento de US$ 555 milhões no processo de desinvestimento); em carvão, negativo em R$ 320 milhões; na Samarco, negativo em US$ 20 milhões (inclui a necessidade de capital de giro da Samarco); e negativo em US$ 40 milhões em outros (inclui as necessidades da Biopalma e CSP). Já nos anos de 2022 e 2023, este impacto será nulo.

As projeções anteriores foram descontinuadas, disse a Vale, exceto os valores de produção de níquel, cobre e investimento (até US$ 5,4 bilhões) para 2021.