Variante delta será predominante nos EUA em breve, diz força-tarefa

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São Paulo – A variante delta do novo coronavírus está propagando-se rapidamente nos Estados Unidos e deve se tornar em breve a cepa predominante no país, de acordo com a força-tarefa da Casa Branca contra covid-19, em coletiva de imprensa.

“A variante delta é presumidamente a segunda mais prevalecente nos Estados Unidos, e eu espero que nas próximas semanas vai superar a variante alfa”, disse a diretora do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), Dra. Rochelle Welensky.

Segundo ela, 25% do sequenciamentos no país são da variante delta, e em algumas regiões norte-americanas, uma de cada dois sequenciamentos são da cepa detectada incialmente na Índia.

“Há comunidades vulneráveis, e onde agora vemos alta de casos e de hospitalizações pode ser resultado da propagação da variante delta e baixa vacinação”, disse Welensky, citando que a situação mais grave ocorre no Sudeste e Meio-Oeste, onde há condados com menos de 30% da população vacinada.

“A variante delta continua a se espalhar, e esperamos ver alta de casos, a a menos que aumentemos vacinação agora”, disse ela, acrescentando que as vacinas atualmente disponíveis nos Estados Unidos protegem contra variantes, incluindo a delta.

Welenksy destacou que comunidades de pessoas não vacinadas permanecem vulneráveis, e que estudos recentes mostram que 99,5% de mortes nos estados norte-americanos ocorreram em pessoas não vacinadas. “Com vacinas disponíveis, mortes são inteiramente evitáveis”, disse.

O coordenador de resposta à covid-19 da Casa Branca, Jeff Zients, disse que o governo federal vai lançar equipes que trabalharão diretamente com comunidades de alto risco para combater a propagação da variante delta e aumentar as taxas de vacinação.

Segundo Zients, as equipes serão compostas por funcionários do CDC e de outras agências federais. “Para ser claro, o governo federal permanece pronto para enfrentar a situação e trabalhar com parceiros estaduais para responder à variante delta”.