Variante Ômicron representa risco global muito alto, alerta OMS

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São Paulo – A nova variante de coronavírus Ômicron, detectada incialmente na África do Sul, representa um risco “muito alto” de propagação global e pode trazer consequências severas, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Dadas as mutações que podem conferir potencial de escape imunológico e possivelmente vantagem de transmissibilidade, a probabilidade de uma potencial disseminação adicional da Ômicron em nível global é alta”, afirmou a OMS, em uma nota técnica enviada aos Estados membros.

“Dependendo dessas características, pode haver surtos futuros de covid-19, que podem têm consequências graves, dependendo de uma série de fatores, incluindo onde os picos podem ocorrer. O risco global geral relacionado à nova variante de preocupação Ômicron é avaliado como muito alto”.

Na sexta-feira passada, dia 26 de novembro de 2021, a OMS designou a variante B.1.1.529 como uma variante de preocupação, com base no conselho do Grupo Técnico Consultivo da OMS sobre Evolução do Vírus. A variante recebeu o nome de Ômicron.

“Ômicron é uma variante altamente divergente com um grande número de mutações, incluindo 26-32 no pico, alguns dos quais são preocupantes e podem estar associados ao escape imunológico potencial e maior transmissibilidade. No entanto, ainda existem incertezas consideráveis”, diz a OMS.

As principais incertezas são quão transmissível é a variante e se quaisquer aumentos são relacionado ao escape imunológico, aumento da transmissibilidade intrínseca ou ambos; quão bem as vacinas protegem contra infecção, transmissão, doença clínica de diferentes graus de gravidade e morte; a se variante apresenta um perfil de gravidade diferente, segundo a nota.

Assim, a OMS recomenda que Estados membros “aumentem os esforços de vigilância e sequenciamento para entender melhor a circulação de variantes SARS-CoV-2, incluindo Ômicron”, incluindo investigações de campo e laboratório, além de testes da comunidade.

Por fim, a OMS reitera a importância de que os Estados membros “acelerem a cobertura de vacinação contra covid-19 o mais rápido possível, especialmente entre as populações designadas como de alta prioridade que permanecem não vacinadas ou ainda não foram totalmente vacinadas”.