Veja as ações recomendas nas carteiras do BTG Pactual para junho

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São Paulo – O BTG Pactual apresentou as carteiras recomendadas para o mês de junho, com opções de investimentos em ações de companhias brasileiras. Destacamos aqui as carteiras com indicações de 10 ações, small caps e dividendos.

Em sua carteira recomendada de ações “10SIM” de junho, o BTG Pactual incluiu os papéis da Totvs e retirou Energisa. A carteira tem o objetivo de capturar as melhores oportunidades e performances do mercado de ações sugerindo cerca de 10 ações a cada mês e neste mês indica as ações das seguintes empresas: Vale (VALE3), Itaú Unibanco (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3), Raízen (RAIZ4), Totvs (TOTS3), Multiplan (MULT3), SLC Agrícola (SLCE3), Arezzo (ARZZ3), Minerva (BEEF3) e Locaweb (LWSA3).

De acordo com o relatório, a inclusão da desenvolvedora de software Totvs ocorre após a queda das ações de 11%, em maio, e o banco cita que as principais operações da empresa estão crescendo de forma boa e lucrativa, enquanto os segmentos de business performance e techfin também apresentam bom desempenho. “Com a maior parte de suas receitas protegidas contra a alta inflação e com as ações negociando a 16x EV/EBITDA 2022E, vemos um ponto de entrada atraente. Para abrir espaço para a Totvs, estamos retirando a Energisa”, explica o documento.

Na visão dos analistas, o ambiente global continua muito volátil e o debate sobre se a economia dos EUA entrará em recessão no próximo ano (e quão profunda pode ser) permanece muito presente.

Já no cenário local, muito pouco mudou. A atividade econômica e as contas fiscais do governo estão surpreendendo para cima no 1S22. Por outro lado, a dinâmica de inflação continua difícil (com as expectativas de inflação para 2022 e 2023 sendo revisadas em até 8% e 4%,respectivamente), o que pode fazer com que as taxas de juros de curto prazo subam um pouco mais antes que o ciclo termine.

“Decidimos mais uma vez manter o core do nosso portfólio inalterado. Com taxas de juros permanecendo altas por um longo período, optamos por manter a exposição a grandes bancos comerciais brasileiros via Itaú e Banco do Brasil. Também estamos deixando nossa exposição ao consumo de alta renda inalterada (Arezzo e Multiplan), por ser menos sensível a altas taxas de inflação e juros. Estamos mais uma vez adiando nossa decisão de adicionar mais exposição a consumo de baixa renda e mais cíclicos, uma vez que as expectativas de inflação continuam aumentando. A única mudança que estamos fazendo este mês é a inclusão da Totvs e retirando a Energisa.”

Por fim, os analistas explicam que mantiveram a exposição a “soft commodities” e ao negócio de gado, onde o Brasil tem vantagem. “A SLC Agrícola é nosso player preferido de “soft commodities”, enquanto a Minerva é a que mais ganha com o menor custo da pecuária no Brasil. Estamos mantendo a exposição à exportadora de minério Vale. A decisão do governo chinês de aliviar algumas das restrições de mobilidade relacionadas com o Covid poderia fornecer apoio extra para preços do minério de ferro. Além disso, o valuation é extremamente atrativo, a empresa está gerando muito caixa e nos dá alguma exposição ao dólar”, finalizam.

DIVIDENDOS

O desempenho do Ibovespa em abril não foi suficiente para diminuir o apetite dos investidores. Em maio, a Ibovespa fechou no positivo, com alta de 3,2% em reais e 7,8% em dólares). Para BTG Pactual divulgou, embora o desempenho relativo do Ibovespa tenha sido bom neste ano, o índice ainda está sendo negociado com um valuation muito atrativo.

Em relatório divulgado nesta semana, o banco apontou em sua Carteira Recomendada de Dividendos dez ações de companhias que remuneram seus acionistas acima da média do mercado de forma recorrente.

“A análise é focada em ativos de alta qualidade, com resiliência de entrega de resultado e geração de caixa. A seleção dos ativos é feita de forma complementar entre a equipe de análise de empresas e estratégia do BTG Pactual, com uma revisão trimestral da carteira”, explica o banco.

Recentemente, a Carteira de Dividendos dobrou o número de ações indicadas, somando agora dez ativos. Segundo o banco, ao aumentar o número de ações, os clientes terão um portfólio mais diversificado e abrangente.

Neste mês, duas ações foram substituídas em comparação a maio. São elas, Engie e BrasilAgro. Em seus lugares entraram Cyrela e Sabesp. A carteira ainda conta com Alupar, Bradesco, Itaú Unibanco, BrasilAgro, Energisa, Telefônica e ISA CTEEP e Vale.

O relatório explica que, mesmo com uma das melhores operações no segmento de geração de energia, a Engie deixou a carteira devido aos recentes ruídos regulatórios envolvendo o setor. Já no caso de BrasilAgro, a decisão foi pautada por desempenho relativo (ativo valorizou 21,89% desde que colocamos na carteira vs. 6,22% do IDIV)

Sobre as duas novas apostas, os analistas acreditam que a Sabesp está sendo negociado a uma TIR real barata de 10% e a 0,67x EV/RAB. Estamos começando a nos tornar mais construtivos nas eleições estaduais, à medida que vemos gradualmente mais candidatos pró-privatização ganhando força nas pesquisas. Com isso, acreditamos que o nome oferece um risco/retorno atraente, pois uma Sabesp privatizada poderia valer R$ 95/ação.

No caso de Cyrela, ativo encontra-se sendo negociado a 0,61x P/NAV e 5,6x P/L para 2022, o que é extremamente descontado, além de uma expectativa de gerar 12% de dividend yield esse ano.

Acreditamos que a relação de risco/retorno aqui também faz sentido devido ao fato de seu preço de tela estar apenas 9,25% acima do pior momento da pandemia, em maio de 2020. Vemos a Cyrela muito bem posicionada no setor e com balanço bastante resiliente, o que também contribui com essa escolha para nossa carteira, detalhou o relatório.

Por fim, os analistas lembraram que, em maio, a Carteira Recomendada de Dividendos teve uma performance de +2,80%, contra +4,26% do IDIV e +3,22% do IBOV. Desde o dia 8 de novembro de 2019, a Carteira Recomendada de Dividendos do BTG Pactual acumula uma rentabilidade de +29,93%, contra +18,43% do IDIV e +3,46% do IBOV.

SMALL CAPS

Em sua carteira recomendada de ações para junho baseada apenas nas “small caps”, o BTG Pactual incluiu Simpar e Blau, manteve CBA, 3R Petroleum, Minerva, Locaweb, Iguatemi, Sinqia, Desktop e Omega, e retirou Vamos e São Martinho.

Dentre o universo de ações analisadas, estão empresas que possuem um valor de mercado informal de até R$ 15 bilhões, tendo como benchmark o índice de small caps brasileiro.

No caso da Simpar, o BTG atualizou o preço-alvo para R$ 17 por ação, porque considera que a empresa apresentou um crescimento sólido nosúltimos anos, além de ter realizado seu Investor Day na semana passada, transmitindo uma mensagem otimista de crescimento constante, foco no aumento da rentabilidade e alocação de capital, além de um importante senso de retenção de talentos e construção notável decapital humano como demonstrado pela recente contratação de veteranos da indústria Ramon Alcaraz (JSL), Alessandro Soldi (Automob) e Paulo Caffarelli (Banco BBC).

Já em relação à Blau, o banco cita acredita que a empresa agora oferece um bom ponto de entrada, negociando a 11x P/L para 2022, após uma queda de 34% no acumulado do ano, em parte devido aos resultados trimestrais um pouco abaixo do consenso. “Focado em medicamentos de alta complexidade, e como pioneiro na biotecnologia no Brasil, gostamos da tese fortes perspectivas de crescimento do mercado farmacêutico hospitalar local; grandes barreiras de entrada (complexidade de produção mais protocolos exigentes por regulador mais integração vertical; retornos elevados (ROIC 30%; ROE 22%); e grande pipeline de novos remédios em desenvolvimento. Após resultados ruins no 4T21, vemos melhores perspectivas pela frente (principalmente no segundo semestre), impulsionado pela recente valorização do real (+80% das matérias-primas são importadas, o que significa que mais de 75% dos custos da BLAU são denominados em dólares) e mais entregas de alfaepoetina (ganhou recentemente a licitação para vender esse remédio ao governo). Reiteramos nossa compra.”

Revisão e edição: Cynara Escobar