Venda de aços planos cresce 2,9% em outubro, para 349,7 mil toneladas, aponta Inda

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Patio de Sucata / Instituto Aço Brasil (Flickr / Divulgação)

São Paulo, SP – As vendas de aços planos em outubro contabilizaram alta de 2,9% sobre o mesmo mês do ano passado, atingindo o montante de 349,7 mil toneladas, segundo dados
apresentados pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira. Em relação a setembro deste ano, quando foram vendidas 327,1 m mil toneladas, houve alta de 6,9%.

No mês passado, as compras de aços planos registraram alta de 1,2% perante a outubro de 2023, com volume total de 356,5 mil toneladas contra 352,3 mil. Frente a setembro deste ano (341,5 ton.), as compras cresceram 4,4%.

Em número absoluto, o estoque de setembro obteve alta de 0,7% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 982,3 mil toneladas contra 975,6 mil. O giro de estoque fechou em 2,8 meses.

As importações encerraram o mês de outubro com alta de 35,1% em relação ao mesmo mês de 2023, com volume total de 276,4 mil toneladas contra 204,6 mil. Comparando-se com setembro deste ano, quando as importações chegaram a 289,5 mil ton, a queda foi de 4,5%.

Projeções

Para outubro de 2024, a expectativa da rede associada é de que as compras e vendas tenham uma queda de 5% em relação a outubro.

Imposto

No mês passado, após mais de um ano de análise, o Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) elevou para 25% o Imposto de Importação para 11 tipos de produtos de ferro e de aço. O órgão atendeu a pedido do Sindicato Nacional da Indústria de Trefilação e Laminação de Metais Ferrosos (Sicetel) para reajustar as alíquotas, que apontava concorrência desleal dos produtos importados.

Em abril do ano passado, o Gecex/Camex impôs cotas de importação a esses 11 produtos por um ano. O que estourou o volume autorizado pagou 25% de tarifa. Atualmente, os 11 produtos de ferro e de aço pagam de 10,8% a 14% para entrarem no país. Com a decisão, passarão a pagar 25% definitivamente, independentemente do volume importado.

Dumping

Em junho deste ano, a empresa Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) protocolou, por meio do Sistema Eletrônico de Informação (SEI) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, petição de início de investigação de prática de dumping nas exportações para o Brasil de aços pré-pintados, quando originários da China e da Índia, e de dano à indústria doméstica decorrente de tal prática.

Na investigação, verificou-se que as importações das origens investigadas a preços com
indícios de dumping contribuíram significativamente para a existência dos indícios de dano à indústria doméstica constatados no item 6 deste documento. Além disso, os demais fatores potencialmente causadores de dano à indústria doméstica não afastam a contribuição significativa das importações a preços de dumping para o dano experimentado.