São Paulo – As vendas de aços planos subiram 15,8% em novembro em relação ao mesmo período de 2019, ficando em 339,4 mil toneladas, segundo dados do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). Na comparação mensal, houve queda de 8,7%
No acumulado do ano até novembro, as vendas de aços planos somaram 3,1 milhões de toneladas, um aumento de 6,0% em relação ao mesmo período do ano passado.
No mês passado, as compras de aços planos cresceram 4,1%, em base de comparação anual, para 291,5 mil toneladas. Com relação a outubro, as aquisições recuaram 15,9%. De janeiro a novembro, as compras aumentaram 8,5%, para 3,1 milhões de toneladas.
Com isso, em novembro, os estoques caíram 7,1% ante outubro, atingindo montante de 630,4 mil toneladas. O giro dos estoques, por sua vez, caiu para 1,9 meses.
As importações aumentaram 103,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, com volume de 99,3 mil toneladas. Ante o mês anterior, houve elevação de 48,2% nos embarques.
De acordo com Carlos Jorge Loureiro, presidente executivo do Inda, os resultados refletem a forte demanda do mercado global, que está trabalhando com toda a sua capacidade e está com queda nos estoques.
“Estamos fortes em vendas em relação ao ano passado, mas há uma queda sazonal por conta de estoque. Já, em compras ainda estamos abaixo da expectativa de crescimento devido à forte pressão sobre as usinas, que dão prioridade no fornecimento aos seus clientes diretos”, disse.
PROJEÇÕES
O Inda ainda disse que deve encerrar 2020 com queda de 11% em compra e venda,
devido ao desequilíbrio entre a oferta e a demanda e, por isso, as importações devem continuar em alta.
“Ao fazer um pedido hoje na China, que está com a capacidade tomada, a entrega só chegará em maio. E como há uma necessidade de mercado, há certeza de que o material será vendido, por isso, em laminado a frio e zincado, as importações ainda vão crescer bastante, mas em chapas grossas, o mercado interno deve conseguir atender”, disse Carlos Jorge Loureiro, presidente executivo do Inda.
Em relação ao preço do aço, o executivo acredita que deve haver uma acomodação, mas pontua que o cenário é incerto.
“No Brasil, o preço do aço é determinado pelo minério de ferro e do dólar, por isso, estimamos que deve continuar nessa tendência de evolução. Se o dólar mantiver a tendência de queda e o minério recuar para uma média de US$ 120, pode cair. Acredito que o preço atual está em limites mais altos, mas é difícil de prever o que vai acontecer. Existem boatos mas não há nada definido”, disse.