São Paulo, SP – A Braskem divulgou na noite de ontem seu relatório de produção e vendas do quarto trimestre 2024 (4T24), que teve alta de 3%, na comparação anual, no volume de vendas de resinas no Brasil, reflexo, principalmente, pelo maior volume de vendas de PE e PP em função da maior disponibilidade de produto para venda. A petroquímica vendeu ao todo 810 mil toneladas no 4T24. Em relação ao terceiro trimestre de 2024 (3T24), as vendas recuaram 7%, em função, principalmente, da menor demanda de PE e PP explicada pela sazonalidade do período. Na comparação com 2023, o volume de vendas permaneceu em linha, totalizando 3,341 milhões de toneladas em 2024.
As exportações cresceram 9% em relação ao 3T24 em função, principalmente, do maior volume de vendas de PP na América do Sul explicado pela maior disponibilidade de produto para exportação, devido a menor demanda no mercado brasileiro. Já em relação ao 4T23, as exportações avançaram 10%, refletindo a maior disponibilidade de produto para venda.
“Com relação a demanda no trimestre, no mercado brasileiro foi observado o menor nível de demanda de resinas trimestral em 2024, explicado principalmente pela desaceleração da atividade econômica industrial, pela manutenção da taxa de juros em patamares historicamente elevados e pela formação de estoques pela cadeia de transformação ocorrida no 3T24, movimento também observado nos Estados Unidos. Neste contexto, as vendas no mercado brasileiro foram menores em relação ao trimestre anterior, que foi parcialmente compensado pelo maior volume de exportações em função da maior disponibilidade de produtos para exportação”, detalhou o comunicado da petroquímica.
A taxa média de utilização das centrais petroquímicas recuaram 3 pontos percentuais em relação ao 3T24, explicado, principalmente, pela sazonalidade do período; instabilidade operacional na central petroquímica do Rio Grande do Sul em função de ajustes na rede elétrica desta central parada programada de manutenção na planta de PVC na Bahia, com início no fim de novembro e conclusão em janeiro de 2025; e menor disponibilidade de matéria prima para a central petroquímica do Rio de Janeiro em função da parada de manutenção de fornecedor nacional. Em relação ao 4T23, o aumento na taxa de utilização de 4 p.p. é explicado, principalmente, pela normalização das operações após parada programada de manutenção no central petroquímica de Camaçari, na Bahia, no 4T23.
Nos Estados Unidos e na Europa, o volume de vendas de PP recuou 12% em relação ao 4T23, reflexo da sazonalidade do período em função do processo de desestocagem na cadeia de transformação; e pela menor disponibilidade de produto para venda na Europa, em função da menor taxa de utilização. Na comparação com 2023, a redução foi de 7%, devido, principalmente, pela menor demanda em função da menor atividade industrial nos Estados Unidos e na Europa.