Vendas de resinas da Braskem no mercado brasileiro recuam 2% no 3° tri de 2024

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Foto: Divulgação/Braskem

São Paulo, SP – A Braskem divulgou o relatório de produção e vendas do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com queda de 2% no volume de vendas de resinas no mercado brasileiro em comparação com o mesmo período de 2023, em função, principalmente, dos maiores
níveis de estoques de PE e PVC na cadeia de transformação. A petroquímica vendeu 869 mil toneladas de resina e 717 mil toneladas de principais químicos no país.

Em comparação ao segundo trimestre deste ano (2T24), o volume de vendas de resinas no mercado brasileiro cresceu 6%, explicada, principalmente, pelo maior volume de vendas de PP em função, principalmente, da retomada das operações no Polo Petroquímico do Rio Grande do Sul e da maior demanda dos setores de higiene e limpeza; e de PVC, em função de maiores oportunidades comerciais pelos setores de construção civil e saneamento.

“Em relação ao desempenho operacional da Braskem, o reestabelecimento das operações no polo petroquímico do Rio Grande do Sul, contribuiu para o aumento da taxa de utilização do segmento Brasil/América do Sul em relação ao trimestre anterior. Nesse sentido, as vendas no mercado brasileiro foram maiores em relação ao trimestre anterior em função da maior disponibilidade de produtos para vendas. Adicionalmente, a Companhia realizou paradas programadas nas plantas de PP na Europa e em uma planta de PE no México, resultando em uma taxa de utilização menor em relação ao 2T24”, explicou o comunicado da companhia.

A taxa média de utilização das centrais petroquímicas cresceu 2 ponto percentuais em relação ao 2T24, explicada, principalmente, pela retomada das operações no Polo Petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul, que foram interrompidas durante o mês de maio em função do evento climático extremo que atingiu o estado. Em relação ao 3T23, o aumento de 5 pontos percentuais é explicado, principalmente, pela adequação da produção frente a demanda global e da normalização das operações após paradas programadas e não programadas no 3T23.

Já a taxa média de utilização das plantas de PP na Europa e Estados Unidos recuou 2 e 5 pontos percentuais em relação ao 2T24 e ao 3T23, respectivamente, em função, principalmente, das paradas de manutenção programadas nas plantas da Europa. No México, a taxa média de utilização das plantas de PE recuou 4 pontos percentuais em relação ao 2T24, em função, principalmente, do menor volume de etano importado através da solução Fast Track, de 19 mil barris por dia, em comparação a 23 mil barris no 2T24, em função de parada programada do fornecedor internacional. Em relação ao 3T23, o aumento de 8 pontos percentuais é explicado, principalmente, pela maior disponibilidade de produto para venda com relação ao mesmo período do ano anterior, devido a falhas no sistema elétrico nacional causadas por tempestades na região.

As exportações foram maiores em relação ao 2T24 (+21%) em função, principalmente, da maior disponibilidade de produto para venda; e das maiores oportunidades comerciais na América do Sul. Já o aumento de 2% em relação ao 3T23 é explicado, principalmente pelo maior volume de vendas de PE na América do Sul.

O volume de vendas dos principais químicos avançou 31% em comparação ao mesmo período do ano passado, explicado, principalmente, pelo maior volume de vendas de gasolina, pela maior disponibilidade de produto para venda; e de benzeno, paraxileno, propeno, eteno e cumeno devido a maior demanda e melhores oportunidades comerciais no mercado brasileiro.

Em comparação ao segundo trimestre deste ano, o volume de vendas dos principais químicos cresceu 14%, devido, principalmente, ao maior volume de vendas de eteno, benzeno e gasolina, em função da maior disponibilidade de produto para venda devido a retomada das operações no Rio Grande do Sul.

A taxa média de utilização de eteno verde cresceu 60 pontos percentuais em relação ao 2T24, explicado pela retomada da operação após parada programada em função do evento climático extremo que atingiu o estado do Rio Grande do Sul durante o 2T24. Em relação ao 3T23, a queda de 13 pontos percentuais é explicada, principalmente, pelo processo de reestabelecimento do fornecimento de etanol após os impactos logísticos causados pelo evento climático extremo durante o 2T24.

CENÁRIO

Durante o 3T24, os spreads no mercado internacional seguiram apresentando uma trajetória crescente quando comparados o ao trimestre anterior. O mercado petroquímico internacional continuou influenciado pelos altos patamares de fretes marítimos, em função dos desdobramentos dos conflitos no Mar Vermelho, impactando o fluxo comercial e a precificação dos produtos petroquímicos marginais. Além disso, a maior restrição da oferta, em função de paradas programadas e não programadas na maioria das regiões, também influenciou o aumento dos spreads no mercado internacional.