Vendas no varejo contrariam expectativa e caem 1,7% em junho

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São Paulo – As vendas do comércio varejista restrito, que excluem veículos e material de construção, caíram 1,7% em junho em relação a maio, interrompendo dois meses de alta, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado contrariou a previsão de alta de 1,2%, conforme a mediana calculada pelo Termômetro CMA.

Na comparação com junho de 2020, as vendas no varejo avançaram 6,3%, na quarta alta seguida, também abaixo da previsão de +8,10%. Com isso, as vendas do varejo restrito acumulam altas de 6,7% no primeiro semestre do ano e de 5,9% em 12 meses até junho.

Em base mensal, cinco das oito atividades pesquisadas do comércio restrito registraram queda da atividade, com destaques para tecidos, vestuário e calçados (-3,6%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,5%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,6%), combustíveis e lubrificantes (-1,2%), e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,5%).

Em contrapartida, livros, jornais, revistas e papelaria (+5,0%), móveis e eletrodomésticos (+1,6%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (+0,4%) apresentaram variação positiva no período.

Varejo ampliado – Em relação ao comércio varejista ampliado, que inclui veículos e material de construção, as vendas caíram 2,3% ante abril, também interrompendo dois meses de alta. Na comparação com junho de 2020, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 11,5%. Com isso, o comércio varejista  ampliado acumula ganhos de 12,3% no ano e de +7,0% em 12 meses até junho.

O segmento de veículos, motos, partes e peças registrou queda de 0,2% em relação a maio, após alta de 1,2% no mês anterior. Já as vendas no segmento de material de construção subiram 1,9% em junho, desacelerando a alta de 4,9% registrada em maio.

Com isso, o setor varejista volta a se distanciar de seu recorde histórico, registrado em outubro de 2020, enfatizou o IBGE.

Comparação anual – Na comparação com um ano antes, seis das oito atividades registraram movimento positivo no varejo restrito, com destaque para tecidos, vestuário e calçados, setor que avançou 61,8%, enquanto outros artigos de uso pessoal e doméstico avançaram 22,7% e livros, jornais, revistas e papelaria tiveram alta de 13,1%.

Enquanto no varejo ampliado, a atividade ligada aos automóveis teve forte alta de 33,1%, na quarta taxa positiva seguida. O segmento ligado a reformas e construção avançou 5,3% nas vendas, na décima segunda taxa positiva seguida.