As vendas no varejo da China tiveram queda de 5,9% em novembro na comparação com igual período do ano anterior. A queda foi maior que a registrada em outubro, quando ficou em 0,5% em base anual, segundo dados divulgados pelo departamento nacional de estatísticas.
A previsão veio acima das expectativas, que previam um aumento de 3,7% em base anual. O setor automobilístico foi um dos responsáveis pela queda, com uma venda 4,2% menor, seguido por produtos derivados de petróleo, com uma queda de 1,6%. O destaque das quedas, contudo, vai para o setor de alimentação em restaurantes (o chamado catering), que caiu 8,4%.
Mas as vendas online ainda continuam crescendo: subiram 6,4% no acumulado de janeiro a novembro. As vendas feitas pela internet de alimentos e bens de consumo foram responsáveis por 15,1% e 6,1%, respectivamente.
“A interrupção dos surtos de vírus se intensificou em novembro, com as vendas no varejo, os gastos com investimentos e a produção industrial contraindo a maior taxa mensal desde o bloqueio de Xangai. Evidências iniciais sugerem que a atividade também permaneceu moderada até agora neste mês, apesar da flexibilização das restrições da Covid. É provável que continue assim por um tempo, já que muitas famílias tentam minimizar as interações pessoais durante a onda de reabertura de infecções. O esfriamento da demanda externa também continuará sendo um empecilho no curto prazo”, afirma Julian Evans-Pritchard, economista sênior para a China da Capital Economics.
