Vendas no varejo recuam 1,0% em junho ante maio; previsão era de -0,15%

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Foto divulgação: Sebrae

São Paulo – As vendas do comércio varejista restrito, que excluem veículos e material de construção, recuaram 1,0% em junho ante maio, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda foi mais acentuada que a previsão de -0,15%, conforme mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA.

Na comparação com maio de 2023, as vendas no varejo subiram 4,0%, abaixo da mediana das estimavas de +6,0% coletadas pelo Termômetro CMA.

O acumulado no ano chegou a 5,2% enquanto o acumulado nos últimos 12 meses ficou em 3,6%.

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas variou 0,4% na série com ajuste sazonal. A média móvel trimestral apresentou estabilidade (0,0%). Na série sem ajuste sazonal, o varejo ampliado cresceu 2,0%, acumulando no ano alta de 4,3% ante o mesmo período de 2023 e de 3,5% em 12 meses.

Em termos setoriais, houve equilíbrio entre taxas positivas e negativas, com metade das atividades ficando no campo positivo e a outra metade com resultados negativos: Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,1%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,8%), Tecidos, vestuário e calçados (-0,9%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,3%) tiveram resultados negativos. Já Combustíveis e lubrificantes (0,6%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,2%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,8%) e Móveis e eletrodomésticos (2,6%) cresceram no período.

No âmbito do comércio varejista ampliado a atividade de Veículos e motos, partes e peças cresceu 3,9% em junho com relação a maio, enquanto o setor de Material de construção obteve alta de 4,8%.

Em relação a junho de 2023, seis dos oito setores investigados ficaram no campo positivo: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (15,1%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,6%), Móveis e eletrodomésticos (6,7%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (4,7%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,5%) e Tecidos, vestuário e calçados (0,1%).
No campo negativo ficaram Combustíveis e lubrificantes (-4,1%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-8,1%).

No comércio varejista ampliado, ocorreu crescimento em duas das três atividades complementares: Veículos e motos, partes e peças (7,0%) e Material de construção (3,9%). De maneira oposta, Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo caiu (-11,5%).