São Paulo, 14 de junho de 2023 – As vendas do comércio varejista restrito, que excluem veículos e material de construção, subiram 0,1% em abril em relação a março, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio abaixo da previsão de 0,33%, conforme mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA.
Na comparação com abril de 2023, as vendas no varejo subiram 0,5%, abaixo da mediana das estimavas de 0,90% coletadas pelo Termômetro CMA.
O acumulado no ano chegou a 1,9% enquanto o acumulado nos últimos 12 meses ficou em 0,9%.
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas caiu 1,6% na série com ajuste sazonal. A média móvel trimestral ficou em 1,3%. Na série sem ajuste sazonal, o varejo ampliado cresceu 3,1%, acumulando no ano alta de 3,3% ante o mesmo período de 2022 e mantendo estabilidade (0,0) no acumulado em 12 meses.
Em abril, o comércio varejista brasileiro, na margem, apresenta estabilidade (0,1%) em relação a março, registrando quatro meses consecutivos sem variações negativas: 3,8% em janeiro, 0,0% em fevereiro, 0,8% em março e 0,1% em abril. Com isso, o patamar da série histórica ajustada sazonalmente se encontra 4,7% acima do mínimo local, que foi dezembro de 2022.
Em abril de 2023, na série com ajuste sazonal, houve taxas negativas em cinco das oito atividades: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-7,2%), Tecidos, vestuário e calçados (-3,7%), Combustíveis e lubrificantes (-1,9%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,4%) e Móveis e eletrodomésticos (-0,5%).
De acordo com o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, o resultado dessa atividade é ligado principalmente às vendas da Páscoa. “Antes da pandemia, os resultados das vendas da Páscoa no varejo apareciam sobretudo em abril. Nos anos subsequentes, os ovos começaram a ser vendidos muito antes, em janeiro, e essas vendas eram diluídas ao longo desses meses. Neste ano, houve uma volta ao padrão de antes, e o resultado forte das vendas da Páscoa puxou o setor de hiper e supermercados”, explica.
Dylan Della Pasqua / Agência CMA
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