São Paulo, 8 de outubro de 2020 – As vendas do comércio varejista restrito, que excluem veículos e material de construção, subiram pelo quarto mês consecutivo, em +3,4% em agosto em relação a julho, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado mensal ficou acima da previsão, de +3,20%, conforme mediana calculada pelo Termômetro CMA. Já na comparação com agosto de 2019, as vendas no varejo registraram o terceiro resultado positivo consecutivo, crescendo +6,1%, abaixo da previsão de +7,00%. Até agosto, as vendas do varejo restrito acumulam queda de 0,9% no ano, mas ligeira alta de 0,5% nos últimos 12 meses.
Segundo o IBGE, com o resultado, o setor atingiu o maior patamar de vendas desde 2000, ficando 2,6% acima do recorde anterior, de outubro de 2014. “O varejo em abril teve o pior momento, com o indicador se situando 18,7% abaixo do nível de fevereiro, período pré-pandemia. Esses números foram sendo rebatidos nos meses seguintes, até que em agosto o setor ficou 8,9% acima de fevereiro”, explica o gerente da pesquisa do IBGE, Cristiano Santos.
Em base mensal, cinco das oito atividades pesquisadas registraram alta da atividade, com destaque tecidos, vestuário e calçados (+30,5%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (+10,4%); e móveis e eletrodomésticos (+4,6%). Na outra ponta, destaque para a queda em hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,2%).
Já na comparação com agosto de 2019, houve um igual número de taxas positivas e negativas, sendo que o mês neste ano teve um dia últi a menos. Do lado das altas, destaque novamente para móveis e eletrodomésticos (+36,3%). Já entre as atividades que apresentaram queda, está combustíveis e lubrificantes (-9,1%).