São Paulo – As vendas do comércio varejista restrito, que excluem veículos e material de construção, subiram pelo quinto mês seguido, em +0,7% em setembro em relação a agosto, acumulando ganhos de 2,4% no período, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou ligeiramente abaixo da previsão, de +0,9%, conforme mediana calculada pelo Termômetro CMA.
Já na comparação com setembro de 2018, as vendas no varejo registraram o sexto resultado positivo consecutivo e subiram 2,1%, ante previsão de alta de 2,3%. Até setembro, o varejo restrito acumula altas de 1,3% no ano e de 1,5% nos últimos 12 meses nas vendas. Considerando-se apenas o terceiro trimestre deste ano, as vendas cresceram 2,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo o IBGE, com esses resultados, a recuperação segue em curso, após recuos seguidos em 2015 e 2016, com o setor registrando a menor distância em relação ao nível recorde alcançado em outubro de 2014, situando-se 4,7% abaixo desse patamar. “Os números mostram um dinamismo nos últimos meses, evidenciando um maior ritmo da atividade comercial. Houve uma recuperação ao longo de 2019 e o terceiro trimestre mostrou um ritmo mais forte de vendas, espalhando o crescimento entre as atividades”, ressalta a gerente da pesquisa, Isabella Nunes.
Na passagem de agosto para setembro, houve altas generalizadas em sete das oito atividades pesquisadas. A única taxa negativa ficou com equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, com -2,0%. Na outra ponta, destaque para os segmentos de móveis e eletrodomésticos (+5,2%); tecidos, vestuário e calçados (+3,3%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (+1,8%) e combustíveis e lubrificantes (+1,2%).
Já em relação a setembro de 2018, o desempenho foi puxado por outros artigos de uso pessoal e doméstico (8,5%); móveis e eletrodomésticos (8,2%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,7%). Outros três segmentos registraram taxas negativas, com destaque para a queda em livros, jornais, revistas e papelaria (-15,7%). A gerente da pesquisa do IBGE ressalta que, apesar do resultado positivo no confronto anual, deve-se considerar o efeito calendário, pelo fato de setembro ter tido dois dias úteis a mais que o mesmo mês de 2018.
Olívia Bulla / Agência CMA