Vendas no varejo sobem pelo 7º mês, mas menos que o esperado

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Por Olívia Bulla

São Paulo – As vendas do comércio varejista restrito, que excluem veículos e material de construção, subiram pelo sétimo mês seguido, em +0,6% em novembro em relação a outubro, acumulando ganhos de 3,3% no período, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou bem abaixo da previsão, de alta de 1,2%, conforme mediana calculada pelo Termômetro CMA.

Já na comparação com novembro de 2018, as vendas no varejo registraram o oitavo resultado positivo consecutivo e subiram 2,9%, ante previsão de alta maior, de 4,3%, também conforme o Termômetro CMA. Até novembro, as vendas do varejo restrito acumulam altas de 1,7% em 2019 e de 1,6% nos últimos 12 meses.

Na passagem de outubro para novembro, houve alta em quatro das oito atividades pesquisadas, com destaque para artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (+4,1%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (+1,0%) e móveis e eletrodomésticos (+0,5%). Na outra ponta, destaque para as quedas em tecidos, vestuários e calçados (-0,2%) e combustíveis e lubrificantes (-0,3%).

Segundo o IBGE, o resultado de novembro foi impulsionado pelas promoções da Black Friday. “O crescimento de 0,6% é relevante porque manteve a taxa positiva pelo sétimo mês seguido, o que fez novembro registrar o patamar mais elevado desde dezembro de 2016. Isso mostra que o setor vem mantendo a recuperação”, disse a gerente da pesquisa, Isabella Nunes.

Já na comparação com outubro de 2018, houve taxa positiva em sete das oito atividades pesquisadas, com destaque em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (+2,4%). Por outro lado, o segmento de livros, jornais, revistas e papelaria (-14,7%) foi o único a registrar queda, nessa base de comparação.