Por: Olívia Bulla
São Paulo – As vendas do comércio varejista restrito, que excluem veículos e material de construção, subiram pelo terceiro mês seguido, após oscilarem em alta de 0,1% em agosto em relação a julho, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo da previsão, de +0,2%, conforme mediana calculada pelo Termômetro CMA.
Já na comparação com agosto de 2018, as vendas no varejo registraram o quinto resultado positivo consecutivo e subiram 1,3%, ante previsão de alta de 1,9%. Até agosto, o varejo restrito acumula altas nas vendas de 1,2% no ano e de 1,4% nos últimos 12 meses.
Segundo o IBGE, nos últimos três meses, o comércio varejista registrou aumento de 1,2%. Já na passagem de julho para agosto, o volume de vendas teve equilíbrio entre taxas positivas e negativas, com quatro das oito atividades pesquisadas registrando crescimento e declínio.
No campo positivo, destaque para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (+0,6%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (+0,2%). Juntos, os dois setores representaram 60% do resultado geral do varejo em agosto.
“O aumento nos dois grupos indica um perfil de consumo mais básico, associado às classes de rendimento mais baixas da população”, explicou a gerente da pesquisa, Isabella Nunes. Na outra ponta, destaque para as quedas em combustíveis e lubrificantes (-3,3%) e em tecidos, vestuário e calçados (-2,5%).
Já em relação a agosto de 2018, também houve retração em cinco das oito atividades pesquisadas no comércio varejista restrito. Os destaques positivos ficaram novamente com outros artigos de uso pessoal e doméstico (+4,7%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (+2,4%); enquanto combustíveis e lubrificantes (-2,9%) também foram o destaque negativo.
Em relação ao comércio varejista ampliado, que incluem veículos e material de construção, as vendas ficaram estáveis em agosto ante julho, com ajuste sazonal, mas avançaram 1,4% no confronto com um ano antes, na quinta taxa positiva consecutiva. Com isso, as vendas no varejo ampliado acumulam altas de 3,5% no ano e de 3,7% em 12 meses, até agosto.
Em base mensal, as vendas no segmento de material de construção caíram 0,8%, enquanto o segmento de veículos, motos, partes e peças recuou 1,7%. Já em relação a um ano antes, o segmento ligado à reformas e construção teve queda de 1,6%, enquanto o ligado aos automóveis subiu 2,9%.
