Vendas online chegam a R$ 118,6 bilhões no primeiro semestre, alta de 6%, base anual

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São Paulo – O e-commerce brasileiro atingiu a marca de R$ 118,6 bilhões em vendas no primeiro semestre de 2022, de acordo com o relatório Webshoppers 46, elaborado pela NielsenIQ | Ebit, em parceria com a Bexs Pay. O valor corresponde a uma alta de 6% em comparação com o mesmo período em 2021, quando o valor era de R$ 111,8 bilhões. O destaque se mantém com a categoria de alimentos e bebidas e produtos de giro rápido.

“O crescimento do consumo nesse semestre é tímido se comparado com o crescimento de 2020 para 2021, quando tivemos uma alta de 47%, mas o volume de vendas ainda é muito expressivo e reforça que o e-commerce veio para ficar, sobretudo, na compra de produtos de giro rápido”, afirmou o head de e-commerce da NielsenIQ|Ebit, Marcelo Osanai.

De acordo com a pesquisa, atualmente constam 49,8 milhões de compradores online no Brasil, o que representa uma alta de 18% na comparação do primeiro semestre de 2022 com o mesmo período do ano anterior, quando o número era de 42 milhões.

No primeiro semestre, o ticket médio apresentou retração. Entre os consumidores recorrentes, houve uma queda de 7% na comparação com o primeiro semestre de 2021. Já entre os consumidores novos, a queda foi maior, com baixa de 10% na comparação entre os dois períodos. No enquadramento que considera todos os consumidores digitais, a queda foi de 8%.

A categoria de Alimentos e Bebidas continua com destaque. Segundo o levantamento, a variação de pedidos entre o primeiro semestre de 2022 e o mesmo período de 2021 foi de 128%. Além disso, a avaliação da importância desses produtos dobrou, saindo de 6%, em 2021, para 12%, em 2022, considerando em ambos os casos o primeiro semestre dos respectivos anos.

Em segundo lugar na variação de pedidos entre os dois períodos ficou a categoria de Perfumaria e Cosméticos (24%), seguida pelo grupo Bebês e Cia (17%) e Saúde (15%).

Presença feminina

Dados do levantamento apontam que as mulheres aumentaram a presença no número de pedidos de e-commerce no Brasil. Segundo o levantamento, de janeiro a junho de 2021, elas representavam 56,4% do público consumidor em plataformas digitais. Já no mesmo período de 2022, a presença delas subiu para 56,9%. “Isso significa que o público feminino gasta menos, mas compra mais ítens”, explicou Osanai.

No primeiro semestre de 2022, 54% dos brasileiros que fazem compras online optaram por realizar suas operações em plataformas de empresas estrangeiras. A líder no top 5 das companhias mais procuradas foi a Shopee, com 42% das indicações dos respondentes. Em seguida, ficaram posicionadas Aliexpress (34%), Amazon (31%), Shein (16%) e Wish (7%).

As redes sociais, sites de busca e digitar o nome da loja são os principais impulsionadores da jornada dos shoppers para iniciar uma compra online. Na categoria de Alimentos e Bebidas, por exemplo, quando questionados sobre “como chegaram a essa loja”, 17% dos entrevistados responderam “redes sociais”, enquanto outros 17% disseram que digitaram o nome da loja. No setor de Bebês e Cia, a motivação via redes sociais foi ainda maior, alcançando 31% do público. Em ambos os casos, os valores são referentes ao primeiro semestre de 2022.