São Paulo, SP – A Vibra divulgou ontem (6) o balanço do terceiro trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 1,255 bilhão, revertendo prejuízo de R$ 61 milhões registrado no mesmo período do ano passado. A companhia destacou que o forte resultado foi originado do melhor resultado operacional, melhor resultado financeiro e, ainda, reconhecimento da venda da ESgás no período, que, antes da dedução dos tributos sobre o lucro, gerou um resultado de cerca de R$ 564 milhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado ficou em R$ 2,333 bilhões, alta de 154,7% em comparação ao terceiro trimestre de 2023. Segundo a companhia, o resultado é reflexo, principalmente, por maiores margens médias de comercialização no período, uma forte gestão em eficiência das operações, ganho com inventário de produtos de cerca de R$ 370 milhões, além de ganhos extraordinários do período como vendas de imóveis (R$ 75 milhões) e recuperação tributária (ICMS) de cerca de R$ 103 milhões.
A receita líquida foi R$ 43,2 bilhões, queda de 15,3% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. As despesas operacionais ajustadas subiram 14,4% no ano, para R$ 709 milhões, acima dos R$ 620 milhões resgistrado no mesmo período do ano passado.
O terceiro trimestre de 2023 apresentou uma necessidade de capital de giro maior, se comparado com o mesmo período do ano passado. “Houve uma importante geração de caixa operacional no período, resultado direto da melhoria das operações, em que pese tenha havido consumo de capital de giro, pelo aumento dos preços dos derivados. A geração de caixa no período foi de R$ 1,8 bilhão. Houve ainda recebimento da venda da ESgás, que resultou em uma entrada de R$ 863 milhões no fluxo de investimentos, possibilitando uma geração de caixa livre para a firma de R$ 2,7 bilhões”, destacou a Vibra.
Houve também, amortização e alongamento de dívidas em torno de R$ 1,9 bilhão com isso apresentamos um caixa livre para os acionistas de R$ 760 milhões.
A Rede de Postos apresentou aumento (2,5%) nos volumes vendidos (QoQ), com destaque para aumento no volume de diesel (8,0%) e etanol (11,8%), compensados pela redução da gasolina (-4,2%) e outros (- 7,3%). Na comparação com o 3T22 houve queda no volume de vendas (-8,7%), principalmente pela redução (-10,4%) do volume de venda de gasolina e queda no diesel (-9,1%)
O segmento B2B apresentou um aumento no volume de vendas (7,2%) quando comparado ao segundo trimestre deste ano, em função principalmente das maiores vendas de diesel (7,7%), combustíveis de aviação (8,0%) e coque (39,1%). Tal aumento nas vendas de diesel é fruto, principalmente, da sazonalidade do período tendo o início do escoamento da safra de grãos (setembro) seu principal motivo.
Até setembro deste ano, o endividamento bruto da companhia apresentou o montante de R$ 16,6 bilhões, cerca de 7,0% inferior aos nove primeiros meses do ano passado e na comparação com o segundo trimestre deste ano. A dívida líquida recuou cerca de 31% em relação ao mesmo período do ano anterior, principalmente, pelo importante aumento de nossa disponibilidades, dada a geração de caixa operacional no período.
O custo médio da dívida foi de 14,2%, um aumento de 0,4 p.p. na comparação com os nove primeiros meses do ano passado, com prazo médio de 4 anos, e uma alavancagem de 1,9x (Dívida Líquida/Ebitda Ajustado), ante 2,8x nos nove primeiros meses de 2022 e 3,0x no segundo trimestre de 2023.
No terceiro trimestre de 2023, a VEM seguiu o processo de expansão da rede, tendo o seu melhor trimestre no ano até então. Houve 32 inaugurações de novas lojas, dando continuidade à diversificação de formatos e de modelos de operação, totalizando 1.257 lojas BR Mania até setembro/23. Tal número representa cerca de 15% de participação na rede de postos Petrobras
DIVIDENDOS
A companhia aprovou o pagamento de Juros sobre o Capital Próprio (JCP), referente ao exercício social de 2023, no valor de aproximadamente R$ 478 milhões (R$ 0,42 por ação). O pagamento será efetuado até o dia 30 de junho de 2024, sem atualização ou correção monetária, com base na posição acionária do dia 21 de setembro 2023 (inclusive). As ações de emissão da Companhia passaram a ser negociadas ex-juros sobre capital próprio a partir de 22 de setembro de 2023.