Vice-presidente de EUA diz não buscar conflito com China e sim defender ordem

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São Paulo – A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, destacou que os Estados Unidos não busca conflitos diretos com a China mas que defenderá o que achar certo quando se trata de assuntos como as disputas marítimas ao sul da China. Seu último dia de viagem ao Vietnã foi marcado também pela defesa de direito humanos no país.

“Aceitamos uma competição acirrada, não buscamos conflito, mas em questões como o Mar da China Meridional, vamos nos manifestar”, disse Harris na capital do Vietnã, Hanói. A fala vem em resposta a comentários feitos pela imprensa oficial chinesa que recentemente acusaram a vice-presidente norte-americana de estimular conflitos com Pequim.

Nos últimos dois dias, Harris passou por Cingapura e Vietnã e criticou duramente a China por “intimidar” os países do Mar da China Meridional em uma tentativa de manter a dominação sobre o território marítimo da região. A rota é importante para o comércio internacional e foi julgada por um Tribunal Permanente de Arbitragem como área comum a todos os países próximos. Pequim, porém, ignorou a decisão.

“Vamos nos manifestar quando houver ações que a China tome que ameacem a ordem internacional baseada em regras”, acrescentou Harris em sua declaração.

Em reuniões com líderes vietnamitas ontem, Harris disse que as “intimidações e reivindicações marítimas excessivas” da China no Mar da China Meridional deveriam ser contestadas e ofereceu apoio dos Estados Unidos para aumentar a segurança marítima do Vietnã, incluindo mais visitas de navios de guerra norte-americanos ao país.

Já em uma mesa-redonda com líderes de direitos civis do país, a vice-presidente norte-americana defendeu temas como igualdade de gênero, direitos de pessoas transgêneros e de pessoas com deficiência.

“As pessoas trans merecem igual acesso aos serviços de saúde. Este é um problema que ainda enfrentamos nos Estados Unidos e é um problema aqui no Vietnã”, disse Harris.

Ela acrescentou que “as mulheres precisam viver livres da violência de gênero” e que “as pessoas com deficiência precisam de acessibilidade total”.

O Vietnã é criticado por seu histórico negativo em relação a direitos humanos, particularmente pelo silenciamento das críticas ao Partido Comunista no poder.