O Walmart, gigante varejista dos Estados Unidos, está pedindo a alguns fornecedores chineses reduções significativas de preços para compensar o impacto das tarifas impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump. Segundo a Bloomberg News, citada pela agência Reuters, a empresa enfrenta resistência das empresas chinesas, que relutam em assumir os custos adicionais. Alguns fornecedores, incluindo fabricantes de utensílios domésticos e roupas, foram solicitados a reduzir preços em até 10% por rodada de tarifas, o que significaria absorver integralmente os custos das taxas. No entanto, poucos aceitaram a proposta, já que suas margens já são extremamente apertadas devido à política do Walmart de comprar produtos a preços baixos para manter sua vantagem competitiva.
O Walmart começou a solicitar cortes de preços quando a primeira rodada de tarifas de Trump entrou em vigor no início de fevereiro, e ampliou as demandas no final do mesmo mês, quando o presidente ameaçou dobrar as taxas. A empresa ainda não se pronunciou sobre o assunto, mas a Bloomberg destacou que a pressão sobre os fornecedores reflete a preocupação do Walmart em manter seus preços competitivos diante do aumento dos custos.
No mês passado, o Walmart previu vendas e lucros abaixo das expectativas para o ano atual, citando a necessidade de cautela em um cenário geopolítico incerto, marcado por altas taxas de juros e as tarifas de Trump. A empresa teme que os custos adicionais possam impactar sua capacidade de oferecer preços baixos, um dos pilares de sua estratégia de negócios. A situação ilustra os desafios enfrentados por grandes varejistas globais em meio a tensões comerciais e políticas econômicas voláteis.