Williams diz que Fed espera progresso substancial para tomar decisões

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São Paulo – O presidente da unidade do Federal Reserve (Fed) de Nova York, John Williams, disse que o banco central norte-americano ainda espera ver um progresso substancial na direção das metas de pleno emprego e estabilidade de preços para tomar uma decisão sobre sua política de dinheiro fácil.

“Minha opinião é que precisamos nos concentrar nas metas de emprego máximo e estabilidade de preços e, à medida que a economia avança substancialmente nessas metas, podemos tomar decisões sobre o ajuste das compras de ativos”, afirmou ele em entrevista para a Bloomberg TV.

Williams reiterou muitos dos pontos que ele mencionou em uma aparição virtual e conversa com repórteres ontem, quando indicou que não está pronto para que o banco central norte-americano diminua o ritmo de compra de ativos – hoje em US$ 120 bilhões mensais – e que o aumento da taxa de juros – atualmente perto de zero – ainda não está no horizonte de curto prazo do Fed.

“Minha opinião é que a acomodação monetária que estamos oferecendo, tanto em termos de taxa de juros muito baixa quanto em nossas compras de ativos, está apoiando as condições financeiras gerais”, afirmou ele.

Questionado sobre o setor imobiliário, que tem visto uma disparada de preços nos Estados Unidos, Williams disse que a compra de ativos não tinha como objetivo injetar dinheiro no sistema ou impulsionar um setor específico, mas criar condições estáveis para a economia.

Alguns membros do Fed estão falando sobre desacelerar a compra de títulos hipotecários, hoje em US$ 40 bilhões mensais, especificamente devido ao alto nível de demanda e às crescentes preocupações com a bolha no mercado imobiliário.

Na entrevista, Williams reafirmou que o Fed segue focado em fornecer apoio apropriado à recuperação da economia norte-americana e admitiu que as leituras recentes da inflação estão elevadas e devem ser monitoradas de perto.

Ainda assim ele reforçou a noção de transitoriedade da inflação alta nos Estados Unidos. Segundo suas projeções, o índice de preços deve subir a 3,5% até o fim do ano – acima da meta de 2% -, mas deve cair a partir de 2022.