Xi Jinping pede união, condena invasões e insta ONU a agir

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São Paulo – O presidente da China, Xi Jinping, pediu união dos países na recuperação da pandemia de covid-19, afirmando que “invasões com motivos diplomáticos estão fadadas a fracassar” e instando a Organização das Nações Unidas (ONU) a garantir o multilateralismo do órgão.
“O mundo passa por um momento de transformação essencial no qual devemos nos unir para garantir a sobrevivência e desenvolvimento da humanidade. Nele, é preciso respeitar todas as formas de governo”, afirmou Xi em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Xi declarou que a “democracia não era um bem de um único país e sim algo a ser compartilhado com todos”, se contrapondo ao discurso dos Estados Unidos de lutar contra o que afirma ser a antidemocracia crescente de várias nações.
“A invasão de países com o propósito de levar a democracia já se mostrou uma estratégia fracassada, por isso, é preciso respeitar os limites e formas de cada um”, afirmou, no que parecia ser uma referência à recente saída norte-americana do Afeganistão.
O presidente chinês pediu que diferenças fossem resolvidas no diálogo e que “o sucesso de um país não significa o fracasso de outro. Há espaço suficiente no mundo para todos nós”.
Ele instou a ONU a garantir o multilateralismo dentro e fora do órgão, pedindo que a organização centralize os problemas a serem discutidos e saiba escutar e administrar todas as opiniões para chegarem a uma solução comum.
Xi reafirmou seu compromisso no combate à covid-19, destacando a doação de mais de 2 bilhões de doses de vacinas contra a doença para outros países e prometendo uma doação de US$ 3 bilhões para ajuda a nações subdesenvolvidas.
Por fim, ele garantiu que a China irá reduzir suas instalações de carvão ao redor do mundo, reafirmando seu desejo de chegar até 2050 com emissões de carbono zeradas.